Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - Os economistas consultados pelo Banco Central para mais uma edição do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (09), elevaram pela décima terceira semana consecutiva a projeção do IPCA para o fim de 2020, acima do piso mínimo de tolerância de 1,5 ponto percentual, mas abaixo do centro da meta de inflação de 4%. Para 2021, os analistas cortaram a projeção de crescimento do PIB pela quarta semana seguida.
Inflação
Os analistas elevaram a estimativa de inflação para o final do ano de 3,02% para 3,20%. Há quatro semanas, o mercado via uma inflação encerrando 2020 em 2,47%. A nova estimativa segue abaixo do centro da meta de 4%, mas acima do piso mínimo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Em relação ao IPCA do próximo ano, as estimativas subiram para 3,17%, enquanto há quatro semanas estavam em 3,02%.
Por outro lado, entre os cinco maiores acertos do Boletim, o chamado Top-5 de curto prazo, a previsão do IPCA no fim do ano apresentou um recuo em relação à semana passada, passando de 3,16% para 3,15%. Há quatro semanas, a estimativa era de 2,37%. Para 2021, o TOP-5 também recuou a previsão da inflação oficial para 3,01%.
PIB
Os economistas voltaram a melhorar marginalmente a projeção do PIB no fim do ano, estimando uma queda de 4,80% na atividade, enquanto na semana passada estava em 4,81%. Há quatro semanas, esperavam que o PIB caísse 5,03%.
Para 2021, a estimativa de expansão também caiu marginalmente, de 3,34% para 3,31%, a quarta revisão seguida para baixo. Há quatro semanas, os economistas projetavam alta de 3,50% na atividade no ano que vem. Já o avanço do PIB em 2022 e 2023 se manteve em 2,5% para os dois anos.
Selic
Os analistas mantiveram, pela décima nona semana consecutiva, a taxa Selic em 2,00% em 2020, projetando que o Copom não deve adicionar mais cortes adicionais na taxa básica de juros este ano. O Top-5 também manteve a projeção da Selic em 2020 em 2,00%.Para 2021, os economistas mantiveram a expectativa da Selic a 2,75%, como também com as projeções de 2022 e 2023, de 4,5% e 5,5%, respectivamente.
O Top-5 também manteve a previsão da Selic em 2,50% em 2021, 4,25% em 2022 e 6,00% em 2023.
Dólar
Em relação ao dólar, as apostas de 2020 se mantiveram em R$ 5,45 para o fim do ano. Já o Top-5 manteve a projeção em R$ 5,60. Para 2021, as estimativas se mantiveram em R$ 5,20, enquanto há quatro semanas era de R$ 5,10. Para o Top-5, passou de R$ 5,30 para R$ 5,26.
Em 2022, as projeções se mantiveram em R$ 4,90, enquanto em 2023 subiram para R$ 4,90. Já o Top-5 passou para R$ 4,95 e R$ 5,03 em 2022 e em 2023, respectivamente.