Ibovespa perde força aos 134 mil pontos e interrompe leve retomada

Publicado 22.07.2025, 14:49
Atualizado 22.07.2025, 18:10
© Reuters.  Ibovespa perde força aos 134 mil pontos e interrompe leve retomada

O Ibovespa voltou a testar a linha dos 135 mil pontos na máxima do dia, mas não conseguiu sustentá-la no fechamento, pouco abaixo da estabilidade (-0,10%), aos 134.035,72 pontos, apesar da boa contribuição, assim como nesta segunda, 21, de Vale (BVMF:VALE3) (ON +2,59%), e nesta terça, 22, de forma mais firme também por Petrobras (BVMF:PETR4) (ON +1,04%, PN +0,97%). Da mínima (133.986,03) à máxima (135.300,29 pontos), o índice da B3 (BVMF:B3SA3) oscilou pouco mais de 1,3 mil pontos, com giro reduzido a R$ 18,2 bilhões na sessão. Na semana, avança 0,49%, mas ainda cede 3,47% no mês - no ano, sobe 11,43%.

O contraponto à ajuda do segmento de commodities foi o setor financeiro, com os grandes bancos no negativo, exceto Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) (ON +0,15%), em leve alta após ter fechado ontem na mínima do dia, e Santander (BVMF:SANB11) (Unit +0,61%, na máxima do dia no fechamento).

Na ponta ganhadora do Ibovespa, além de Vale, destaque também para outros nomes do setor metálico, como CSN (BVMF:CSNA3) (+7,13%, na máxima do dia no fechamento) e Usiminas (BVMF:USIM5) (+5,99%) - ainda refletindo, como na sessão de segunda-feira, a expectativa positiva em torno do grande projeto de energia hidrelétrica a ser construído no oeste da China, anunciado pelo governo chinês no fim de semana. Auren (BVMF:AURE3) (+4,09%), Braskem (BVMF:BRKM5) (+3,68%) e BRF (BVMF:BRFS3) (+3,55%) completaram a lista de maiores altas da sessão.

No campo oposto do Ibovespa, vieram hoje, pela ordem, Vivara (BVMF:VIVA3) (-3,54%), CPFL (BVMF:CPFE3) (-2,85%), Natura (BVMF:NATU3) (-2,77%), Direcional (BVMF:DIRR3) (-2,61%) e Cyrela (BVMF:CYRE3) (-2,35%), ações de setores em sua maioria associados ao ciclo doméstico, como os de consumo e construção - que, ontem, já haviam freado o Ibovespa, em oposição ao de materiais básicos, que seguiu em alta nesta terça-feira (IMAT +1,59%), comparado, hoje, a uma perda 0,30% para o índice de consumo (ICON).

Com o foco do mercado ainda concentrado na disputa comercial deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o diretor de análise na ZERO Markets Brasil, Marcos Praça, observa que "as respostas do Brasil têm sido por meios legais" e que um "meio termo" tende a pautar a negociação por canais "oficiais", no momento em que vier a ocorrer. Ele aponta que muito do que se passou, até o momento, foi pautado pelo uso de rede social por Trump, o que eleva o grau de ruído. Mas o governo brasileiro em geral - como nas declarações recentes do ministro da Fazenda, Fernando Haddad - tem optado por reduzir o grau de ebulição, ao não rebater comentários e evitar a conversa sobre retaliações aos EUA.

"Ainda há um dilema, de não se saber bem para onde as coisas caminham com relação às tarifas. O noticiário doméstico sai um pouco de cena, com o recesso do Congresso, mas ainda há preocupações por esse lado também", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus, destacando o caráter "politizado" da disputa comercial lançada pelo governo americano, o que dificulta o processo negociador. "Cautela favorece realização de lucros também em Nova York", acrescenta Spiess. Por lá, os principais índices de ações fecharam hoje com variações entre -0,39% (Nasdaq) e +0,40% (Dow Jones) - e com o amplo, S&P 500, em novo recorde de encerramento decorrente do leve ganho de 0,06% nesta terça-feira.

"Os investidores estão em compasso de espera também em relação às decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil, que acontecem na semana que vem", aponta Leonardo Santana, sócio da casa de análise Top Gain. "O mercado não está gostando desse cenário de indefinição sobre as tarifas comerciais. Trump sempre jogou tarifas para cima e negociou - e é isso que se esperava que acontecesse também aqui, o que não está ocorrendo", até o momento, acrescenta Santana.

"Houve enfraquecimento em direção ao fechamento, mas tanto o dólar quanto a Bolsa ficaram bem perto da estabilidade no fim da sessão. Mais cedo, a Bolsa chegou a subir quase 1%, mas encerrou o pregão no zero a zero. Além das questões comerciais - aos poucos, espera-se que prevalecerá uma negociação -, o lado político também influencia o humor, com os rumores de que o ex-presidente Jair Bolsonaro poderá ainda vir a ser preso caso não preste esclarecimentos sobre participação em uma transmissão após a imposição de medida cautelar pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

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