Indústria fica estável e emprego recua no 3º trimestre, diz confederação

Publicado 20.10.2025, 15:33
© Reuters Indústria fica estável e emprego recua no 3º trimestre, diz confederação

A produção da indústria brasileira ficou estável em setembro, enquanto os estoques aumentaram e o emprego recuou, segundo a Sondagem Industrial divulgada pela CNI (Confederação Nacional da Indústrial) nesta 2ª feira (20.out.2025). O resultado indica que o setor enfrenta desaceleração depois de meses de fraqueza na demanda interna.

O índice de evolução da produção registrou 50,1 pontos em setembro, praticamente sobre a linha divisória de 50, o que sinaliza estagnação. Já o índice de emprego foi de 48,9 pontos, mostrando queda no número de trabalhadores industriais em relação a agosto. Segundo a CNI, esse resultado é atípico, pois o indicador vinha mostrando alta nesse período desde 2020, com exceção de 2023.

O nível de estoques atingiu 50,8 pontos, indicando acúmulo de agosto a setembro. O estoque efetivo em relação ao usual passou de 48,8 pontos para 50,7 pontos, mostrando que os empresários têm mais produtos armazenados do que gostariam.

“O acúmulo de estoques indesejado ocorre mesmo com um freio na produção. É sinal de que a demanda veio mais fraca do que o esperado”, disse o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

A UCI (utilização da capacidade instalada) permaneceu em 70%, dois pontos abaixo do nível de setembro de 2024 (72%).

CRÉDITO

No 3º trimestre, o índice de satisfação com a situação financeira subiu de 48,4 para 48,9 pontos, mas ainda mostra insatisfação generalizada. O índice de lucro operacional avançou de 42,8 para 43,6 pontos, recuperando parte da queda anterior, mas segue distante do equilíbrio. O acesso ao crédito continua restrito, com indicador em 40,3 pontos, abaixo da linha de 50.

O preço médio das matérias-primas caiu de 57 para 55,2 pontos, o que indica redução no ritmo de aumento de custos, mas ainda acima de 50 pontos, mostrando que os insumos seguem encarecendo.

De acordo com o levantamento, 37,8% dos empresários citaram a alta carga tributária como principal obstáculo. A demanda interna insuficiente foi apontada por 28,8%, e os juros elevados por 27,3%. A falta ou alto custo de trabalhador qualificado aparece em 4º lugar (22,9%), seguida da competição desleal (19,1%).

EXPECTATIVAS

O índice de expectativa de exportações subiu de 46,6 para 48,6 pontos, indicando queda menos intensa nas vendas externas nos próximos 6 meses. A expectativa de demanda passou de 52,3 para 52,5 pontos, refletindo otimismo moderado com a procura por bens industriais.

O índice de intenção de investimento aumentou de 54,4 para 54,8 pontos, revertendo parte das perdas acumuladas desde o fim de 2024.

A sondagem ouviu 1.423 empresas –592 de pequeno porte, 494 de médio e 337 de grande– de 1º a 10 de outubro de 2025.

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