👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Alta do IPCA-15 desacelera em março mas fica acima do esperado com peso de alimentação

Publicado 26.03.2024, 09:01
© Reuters. Supermercado no Rio de Janeiro
14/03/2020. REUTERS/Sergio Moraes

Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - O avanço do IPCA-15 voltou a desacelerar em março com a perda de força do impacto sazonal da educação, mas ainda ficou acima do esperado sob o peso dos preços de alimentação e bebidas.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) passou a subir 0,36% em março, de uma alta de 0,78% em fevereiro, em um resultado que ficou ligeiramente acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,32%.

Os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram ainda que a taxa acumulada em 12 meses passou a uma alta de 4,14%, de 4,49% em fevereiro e expectativa de 4,10%.

A meta para a inflação em 2024 é de 3,0%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

O mês de março foi marcado por uma desaceleração no avanço dos custos de Educação a 0,14%, de 5,07% em fevereiro, quando o grupo foi impactado pelos reajustes tradicionais de início do ano letivo.

No entanto, o grupo de Alimentação e Bebidas pressionou o resultado com alta de 0,91%, ainda que tenha ficado abaixo da taxa de 0,97% vista em fevereiro, exercendo o maior impacto no índice do mês.

A alimentação no domicílio subiu 1,04% em março, com aumentos dos preços da cebola (16,64%), do ovo de galinha (6,24%), das frutas (5,81%) e do leite longa vida (3,66%).

O grupo Transporte acelerou a alta em março a 0,43%, de 0,15% no mês anterior, com a queda de 9,08% das passagens aéreas sendo compensada pela alta de 2,39% da gasolina. O etanol avançou 4,27% e os preços dos combustíveis como um todo subiram 2,41%.

Já Saúde e cuidados pessoais registrou alta de 0,61% no período, de 0,76% em fevereiro, com avanços em saúde (0,77%), produtos farmacêuticos (0,73%) e itens de higiene pessoal (0,39%).

A inflação vem sendo amplamente considerada sob controle no Brasil, com o Banco Central dando continuidade ao ciclo de afrouxamento monetário, ainda que venha ressaltando a necessidade de atenção ao aumento dos preços de serviços em meio a um mercado de trabalho aquecido.

"No geral, a dinâmica tanto do número geral quanto do núcleo do IPCA-15 continua a mostrar que a inflação subjacente está sob controle, apesar do resultado acima do esperado por conta do aumento dos preços dos alimentos com as condições climáticas ruins", disse Andres Abadia, economista-chefe para América Latina da Pantheon Macroeconomics.

"Ainda esperamos que a inflação continue a cair lentamente este ano, conforme os preços dos alimentos frescos comecem a se normalizar", completou.

Na semana passada, o BC decidiu por nova redução de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, a 10,75% ao ano, e encurtou sua indicação sobre cortes futuros ao citar uma ampliação de incertezas, afirmando que sua diretoria antevê corte na mesma intensidade apenas na próxima reunião, em maio.

© Reuters. Supermercado no Rio de Janeiro
14/03/2020. REUTERS/Sergio Moraes

Na ata desse encontro divulgada nesta terça, a autoridade monetária apontou maior preocupação com uma possível pressão de salários sobre os preços no Brasil, também citando maior incerteza sobre a dinâmica de queda da inflação doméstica e sobre fatores do ambiente externo.

"Para a política monetária, esse dado (do IPCA-15) não deve alterar o plano de voo já anunciado pelo Banco Central. A nossa perspectiva é de cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões, pelo menos para maio e junho. Os próximos dados serão importantes para calibrar melhor o cenário à frente", avaliou Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research.

A pesquisa Focus divulgada nesta terça-feira pelo Banco Central junto ao mercado mostra que a expectativa é de que o IPCA encerre este ano com alta acumulada de 3,75%, com a Selic a 9,00%.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.