👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

JPMorgan prevê alta ainda mais forte da Selic nesta semana e taxa de 11,25% em março de 2022

Publicado 25.10.2021, 12:37
© Reuters. Prédio do Banco Central, em Brasília
04/10/2021
REUTERS/Adriano Machado
JPM
-
JPMC34
-

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O JPMorgan Chase & Co (NYSE:JPM) (SA:JPMC34) voltou a ajustar para cima suas projeções para a alta de juros desta semana, a 1,5 ponto percentual, e o patamar da Selic ao fim do ciclo de aperto monetário, vendo agora taxa de 11,25% que, ainda assim, será insuficiente para trazer a inflação do ano que vem para a meta.

A nova pernada de alta vem menos de uma semana depois de o banco norte-americano surpreender os mercados ao elevar o prognóstico de acréscimo do juro nesta semana para 1,25 ponto percentual. Várias instituições financeiras posteriormente também alteraram seus "calls", com algumas enxergando aumento de 1,50 ponto na quarta-feira.

Com a revisão desta segunda-feira, o JPMorgan reforça o coro desse time. O banco argumenta que, diferentemente da expectativa que embasava o cenário de acréscimo de 1,25 ponto, ao longo do último fim de semana não houve sinal que o governo e líderes do Congresso estariam dispostos a "pelo menos" conter planos de aumento ainda maior do gasto público.

Além disso, prossegue o JPMorgan, a deterioração das expectativas de inflação tanto baseada em preços de mercado quanto nas estimativas de analistas foi "ainda mais severa".

A instituição financeira cita o relatório Focus do Bacen divulgado na manhã desta segunda-feira, que, notou, trouxe inflação prevista de 4,40% para 2022 (superior à meta de 3,75%) mesmo com uma previsão de Selic de 9,5%, acima da projeção anterior. Também as expectativas para o IPCA de 2023 e 2024 "começaram a desancorar pela primeira vez", disse o banco privado.

"O fracasso em restaurar a confiança sobre as perspectivas de política de médio prazo deve levar a uma resposta da política monetária mais agressiva por parte do Banco Central nesta semana", disseram Cassiana Fernandez (economista-chefe do banco no Brasil) e Vinicius Moreira (economista) em relatório.

"Com risco crescente de o BC perder o controle das expectativas de inflação, principalmente por meio de outra rodada de pressões negativas sobre o real, agora acreditamos que o BCB vai optar por alta de 150 pontos-base, em linha com a precificação de mercado, para evitar esse cenário em ambiente de alta no prêmio de risco da política monetária", acrescentaram.

Os economistas acreditam que o comunicado do Bacen indicará "pelo menos" outra alta de juros na mesma magnitude em dezembro.

Prevendo que o pano de fundo fiscal não melhorará no curto prazo e que as pressões inflacionárias aumentarão com uma taxa de câmbio mais fraca e revezes globais em curso nas cadeias de oferta, o JPMorgan acredita que o BC elevará a Selic em 1 ponto percentual em cada uma das duas primeiras reuniões do Copom em 2022. Com isso, a taxa terminal baterá 11,25% até março, bem acima dos 6,25% atuais.

© Reuters. Prédio do Banco Central, em Brasília
04/10/2021
REUTERS/Adriano Machado

"Considerando a função de reação do BCB até agora, não descartamos movimento ainda mais agressivo nesta semana para antecipar o ciclo enquanto o BCB decide se reconhece formalmente que os últimos desenvolvimentos desencadeariam uma mudança de regime fiscal", afirmaram os economistas do JPMorgan.

Mesmo com a Selic indo confortavelmente acima de dois dígitos, o banco norte-americano revisou para cima sua estimativa de inflação de 2022, para 4,5% (de 3,9%).

"Nesse ambiente de juros elevados, inflação ainda alta e falta de visibilidade na frente da política fiscal, estamos também revisando nossos modelos de crescimento de acordo com esta mudança de regime que coloca pressões descendentes em nossa já abaixo do consenso previsão de 0,9% (para crescimento do PIB em 2022). Por enquanto, não podemos nem descartar uma recessão no ano que vem", finalizaram os economistas.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.