BUENOS AIRES (Reuters) - Milhares de argentinos saíram às ruas de Buenos Aires neste sábado em protesto contra a falta de empregos e a pobreza, em uma país que sofre há anos com a crise econômica, intensificada pela pandemia de coronavírus.
Organizações de desempregados e grupos de esquerda encabeçaram o protesto que começou em uma igreja do oeste da capital argentina, para onde peregrinam anualmente milhares de pessoas para pedir por emprego no santuário de San Cayetano --patrono local do trabalho --, terminando na Praça de Maio, em frente à sede do governo.
"Venho pedir pelas pessoas que não têm trabalho: meu irmão não tem, meus vizinhos ficaram sem trabalho e muita gente que vemos que está mal de todas as formas", disse Néstor Pluis, auxiliar escolar de 41 anos.
A Argentina busca crescer 7% em 2021 para deixar para trás uma recessão com inflação alta iniciada em 2018, que foi agravada pela quarentena decretada com a pandemia de Covid-19. A crise deixou 42% da população na pobreza, com uma taxa de desemprego de 10,2%.
(Reportagem de Nicolás Misculin e Miguel Lo Bianco)