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Neutro, hawkish ou dovish: Como o mercado pode interpretar a mensagem do Copom

Publicado 21.09.2022, 06:23
© Reuters

Por Jessica Bahia Melo

Investing.com - O mercado aguarda o fim da reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom), com o anúncio nesta quarta-feira (21) de qual será a taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic. A expectativa do mercado é de uma pausa no aperto monetário, mas há possibilidade de elevação nos juros – se for o caso, o mercado espera que ela seja residual, em 0,25 ponto percentual.

Talvez ainda mais importantes do que a decisão do Copom em elevar a taxa de juros ou mantê-la em 13,75% ao ano, estão o comunicado e as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Até o momento, o dirigente tem adotado uma postura dura em seu discurso, destacando que a batalha contra a inflação não está ganha, mesmo com os recentes indicares de deflação mensal.

No entanto, de acordo com a XP (BVMF:XPBR31), o Copom deu “um sinal claro em sua última reunião de que era iminente uma pausa no ciclo de ajuste monetário”. Desde aquele momento, com a estabilização das expectativas de inflação, segundo a XP, a expectativa é de que o Comitê mantenha a taxa Selic estável na reunião desta semana.

O comunicado deve informar qual será a postura da autoridade monetária brasileira considerando o balanço de riscos, possivelmente demonstrando preocupação com a desaceleração global e a política contracionista dos principais Bancos Centrais de países desenvolvidos. A XP acredita que o documento deve deixar claro – ao não elevar os juros, como espera o banco digital - que esta é uma pausa para avaliação e não necessariamente o fim do ciclo, devido às incertezas globais e domésticas e ainda para evitar que os mercados precifiquem um afrouxamento monetário muito cedo, “o que diluiria os efeitos da alta da taxa básica de juros”, conforme relatório.

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Leonardo Mendes, economista e sócio da JB3 Investimentos, afirma que a pausa está precificada nos preços dos ativos, então os mercados seriam guiados pelas expectativas de inflação e variação dos preços das commodities internacionais, com influência dos Estados Unidos e Europa. Caso venha uma alta de 0,25 ponto percentual, embora não seja uma completa surpresa, os juros futuros podem subir e pode haver correção maior em bolsa. “A renda fixa ficaria mais atrativa, títulos públicos e emissões bancárias. Juros futuros subindo, provavelmente corrigindo mais os mercados de renda variável e impactando negativamente as bolsas”, detalha Mendes. Altas superiores a isso seriam surpresa e indicariam uma correção ainda maior nos mercados – mas esse cenário é mais improvável.

Selic: Expectativa é de pausa no ciclo de aperto, sem descartar alta de 0,25 p.p.

Leituras do comunicado

Sobre o comunicado, são três leituras possíveis: um cenário de Copom dovish (uma política monetária mais expansionista), hawkish (mais contracionista) e neutro.

Dovish

De acordo com relatório do BTG (BVMF:BPAC11), o cenário dovish mantém a Selic e encerra o ciclo de alta nesta reunião. Seria considerado dovish para o banco um comunicado que minimiza os riscos fiscais e seus efeitos sobre os prêmios de risco. Segundo Antonio van Moorsel, sócio e head do Advisory da Acqua Vero Investimentos – que tem como sócio o BTG - o cenário dovish é aquele em que a taxa permanece em 13,75% e o Banco Central demonstra “acreditar que a resiliência da atividade econômica não será um desafio para as expectativas de inflação”.

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Neutro

Já o cenário neutro é de um Copom que opta pela manutenção da Selic e “reconhece o ambiente desafiador para a inflação global e as incertezas fiscais, considerando ainda o hiato positivo do produto”, conforme o sócio da Acqua Vera. Segundo o BTG, o atual nível do hiato do produto é positivo - refletindo a atividade mais forte -, o que demandaria juros elevados por mais tempo.

Hawkish

O BTG aponta que esse cenário indicaria, além do aumento, o encerramento do ciclo de alta nesta reunião. Além disso, um cenário hawkish, para van Moorsel, pode ser aquele em que a taxa Selic é elevada em 25 pontos-base, para 14% ao ano, com uma mensagem mais austera, “reconhecendo os pontos do cenário neutro e, adicionalmente, deixando em aberto as probabilidades de novos ajustes, a depender de mudanças no arcabouço fiscal”. Porém, o comunicado manteria o discurso de inflação global mais desafiadora e do hiato do produto positivo, conforme completa o BTG.

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