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Selic: Expectativa é de pausa no ciclo de aperto, sem descartar alta de 0,25 p.p.

Publicado 20.09.2022, 01:43
Atualizado 20.09.2022, 01:44
© Reuters.

© Reuters.

Por Leandro Manzoni

Investing.com - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia nesta terça-feira a sexta reunião de política monetária de dois dias em 2022. Embora a expectativa do mercado seja de manutenção da atual taxa básica de juros em 13,75% na quarta-feira após o fechamento do mercado, há incertezas quanto à abordagem do comunicado de que o atual ciclo de aperto monetário iniciado em março de 2021 realmente tenha terminado, ou se será um momento de pausa.

E não será surpresa se o colegiado anunciar uma alta marginal de 25 pontos-base, sancionando a possibilidade deixada em aberta no comunicado divulgado logo após a última reunião em agosto. “Embora seja possível, não vemos isso como opção mais provável porque uma parte relevante do aperto monetário (tanto local como global) ainda não foi sentida pela atividade econômica”, dizem os economistas da XP Investimentos (BVMF:XPBR31) em relatório.

A composição da deflação em julho e em agosto no Brasil, a atividade econômica interna forte e acima do esperado no terceiro trimestre somadas ao forte ritmo de aperto monetário e de desaceleração econômica global são elementos macroeconômicos que adicionam incertezas em relação aos próximos passos da autoridade monetária brasileira.

Recentes falas do presidente do BC brasileiro, Roberto Campos Neto, e do diretor de política monetária, Bruno Serra, foram duras com a inflação. Segundo Campos Neto, “a batalha não está ganha”, sem transmitir uma mensagem clara ao mercado se o Copom avalia uma alta adicional nas taxas de juros ou de manutenção em patamares elevados e em território fortemente contracionista a taxa Selic, o que dissipa a ideia de corte de juros para meados de 2023.

LEIA MAIS - Fed: Decisão de juros é aguardada após inflação de agosto descalibrar expectativas

Inflação

A economia brasileira apresentou uma deflação de -0,68% em julho e de -0,36% em agosto. A contração nos níveis de preços ocorreu após uniformização e queda das alíquotas do ICMS sobre combustíveis e energia elétrica aprovadas pelo Congresso em junho.

“A queda da inflação é artificial no sentido que foi atingida via medidas fiscais que podem ser revistas a qualquer momento”, analisa André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, em mensagem a clientes.

Perfeito prevê manutenção da taxa de juros em 13,75%. Na avaliação do economista, as medidas tomadas para reduzir o preço dos combustíveis adicionam incertezas fiscais, que “permanecem em aberto por conta da eleição, que tende a ser tumultuada dada a polarização existente”.

“Os números escondem a dinâmica da inflação recente”, diz José Francisco Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator em relatório, ao apontar que a queda dos preços em agosto veio de passagens aéreas, um “item extremamente volátil”, que contribuiu para a desaceleração do nível de preço no setor de serviços. O economista prevê uma “alta residual” de 25 pontos-base pelo Copom, o que elevaria a taxa básica de juros para 14% ao ano.

Mesmo assim, a expectativa do mercado é desaceleração para os níveis de preço nesse e nos próximos anos. “Houve queda nas medianas de inflação do Boletim Focus para 2022 e 2023 de maneira significativa, indo além da mera incorporação da queda de preços advinda de corte de impostos”, avaliam os economistas da XP Investimentos.

O Boletim Focus divulgado nessa segunda-feira informa que os economistas consultados pelo Banco Central preveem que o IPCA feche esse ano em 6%, 12ª queda consecutiva nas projeções de inflação. O mesmo ocorre para 2023, com a expectativa de queda de 5,17% para 5,01% no IPCA.

Vale ressaltar, no entanto, que esse e no próximo ano o IPCA está acima da faixa superior de tolerância do regime de metas de inflação, que apenas a previsão de 2024 (3,5%) não desrespeita o regime de metas, embora as projeções tenham subido. “Gera incômodo no cenário”, completam os economistas da XP.

Atividade econômica

Por outro lado, o IBC-Br de julho acima do esperado (1,17% contra 0,4% esperado), dados robustos no setor de serviços e no mercado de trabalho vão introduzir o debate do hiato do produto no comunicado, conceito essencial para o controle das expectativas futuras de inflação.

“Este fator tende a ganhar mais destaque, uma vez que as incertezas políticas e, portanto, fiscais, devem permanecer nos mesmos níveis nas próximas reuniões”, afirmam os economistas do BTG em relatório, que preveem manutenção em 13,75% da taxa de juros.

“O conjunto de indicadores mostra o país crescendo acima do esperado, com ênfase no mercado de trabalho, que sinaliza um fechamento mais célere do hiato do produto”, afirmam Sávio Barbosa e João Savignon, economistas da Kínitro Capital.

Dessa forma, as estimativas do mercado compiladas pelo Boletim Focus são de melhora na atividade econômica em 2022 e em 2023. O PIB deve fechar esse ano com crescimento de 2,7%, contra 2% projetado anteriormente, enquanto em 2023 a expansão será de 0,5% (ante 0,4% da estimativa anterior).

Comunicado

Barbosa e Savignon acreditam em manutenção na leitura de balanços de riscos pelo colegiado. “Continuará ressaltando que haverá riscos em ambas as direções”, projetam os economistas da Kínitro Capital, avaliando que o BC vai demonstrar preocupação com a desaceleração global e seu potencial processo desinflacionário com a política contracionistas dos principais Bancos Centrais globais.

“Acreditamos que o objetivo é deixar claro [no comunicado] que esta é uma pausa para avaliação e não necessariamente fim do ciclo”, dizem os economistas da XP Investimentos, relembrando as incertezas globais e domésticas e a antecipação dos mercados na precificação do próximo ciclo de baixa na Selic como os motivos para uma comunicação clara e objetiva pelo Copom.

“Os juros não deverão ceder antes do 1º semestre do próximo ano, reforçando o cenário de juros mais altos e por mais tempo ao longo de 2023”, avalia o BTG Pactual (BVMF:BPAC11).

Últimos comentários

14,25%
como um "economista" fala que a baixa da inflação foi por conta da aliquita dos combustíveis da tributação aprovada pelo congresso foi artificial??? ser revista?!?! velho, tudo quanto é lei pode ser revisto. fala sério. isso é declaração que se faça?!?!?
Só sei de uma coisa, Bolsonaro será reeleito no 1°turno.
eu tbem acho
14,25% informações bancárias.
14,25% informações bancárias.
14,25% informações bancárias.
bem que o Paulo Guedes avisou que vocês iriam errar todas suas previsões pessimistas contra o Brasil.
Vai subir aos 14% a.a.
Mantendo inalterada como fez o governo Chinês perderá a oportunidade proporcinada pela autonomia recém conquistada.
A manutenção da taxa Selic é a melhor opção.
O mesmo patamar é o que nao fica, vai aos 14,00, no minimo.
14,25%
Sem aumento aqui, 0,75% lá, se os russos não detonarem as mini bombas atômicas e a China não invadir Taiwan, nada acontecerá,só os europeus que sentirão um friozinho
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