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Por Maria Martinez
BERLIM (Reuters) - A economia da Alemanha contraiu 0,1% no segundo trimestre, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, com a desaceleração da demanda dos Estados Unidos após meses de fortes compras em antecipação às tarifas norte-americanas.
A contração ficou em linha com as previsões, revertendo o crescimento registrado no primeiro trimestre, quando os importadores dos EUA compraram mais mercadorias mais cedo do que o normal porque esperavam o aumento das tarifas.
Essa contração deixou o PIB ainda preso ao seu tamanho pré-pandemia, disse Franziska Palmas, economista sênior para a Europa da Capital Economics, que acrescentou que isso se deveu "em parte, mas não exclusivamente", à reversão da antecipação de tarifas.
O investimento na Alemanha caiu no segundo trimestre, enquanto o consumo e os gastos do governo aumentaram, em comparação com o trimestre anterior, informou o escritório de estatísticas.
O escritório também revisou para baixo o crescimento do primeiro trimestre para 0,3%, em comparação com 0,4% anteriormente.
Os EUA fecharam um acordo comercial com a União Europeia no domingo, impondo uma tarifa de importação de 15% sobre a maioria dos produtos da UE, metade do que foi originalmente ameaçado. O acordo ajudou a evitar uma guerra comercial maior entre os dois aliados, que juntos representam quase um terço do comércio global.
Os EUA foram o maior parceiro comercial da Alemanha em 2024, com o comércio bilateral de mercadorias totalizando 253 bilhões de euros (US$ 278 bilhões).
"É provável que a Alemanha seja mais afetada do que outras grandes economias pelas tarifas e continue a enfrentar dificuldades este ano, antes que o estímulo fiscal comece a impulsionar a economia em 2026", disse Palmas.
Apesar do otimismo nas pesquisas recentes, os dados do PIB desta quarta-feira são "um lembrete doloroso de que o otimismo, por si só, não traz automaticamente de volta um crescimento forte", disse Carsten Brzeski, chefe global de macro do ING.
"O flerte da economia com mais um ano de estagnação continua."
(Reportagem de Miranda Murray e Rachel More)