Por Sakshi Dayal
NOVA DÉLHI (Reuters) - A Suprema Corte da Índia criou uma força-tarefa de segurança hospitalar nesta terça-feira para garantir a segurança dos trabalhadores do setor de saúde, dias depois do estupro e assassinato de uma médica em treinamento que causou choque nacional e protestos de médicos em início de carreira.
O ataque no dia 9 de agosto na cidade de Calcutá motivou pedidos de justiça para a vítima e maior segurança para as mulheres em hospitais, com médicos em diversas partes do país se recusando a atender pacientes fora de situações emergenciais.
Um policial voluntário foi preso pelo crime e a polícia federal do país assumiu as investigações. A reação do público e os protestos contra a violência contra a mulher lembraram a reação ante ao estupro coletivo e assassinato de uma estudante de 23 anos em um ônibus em Nova Délhi em 2012.
"Se as mulheres não conseguem ir para o trabalho e estarem seguras, então estamos negando condições básicas de igualdade", disse o juiz-chefe D Y Chandrachud, que liderava um painel com três juízes da corte.
O tribunal sugeriu que a força-tarefa liderada por médicos considerasse profundas reformas para tornar hospitais mais seguros para os funcionários, mas centenas de médicos em início de carreira que estavam em greve para protestar contra a situação, disseram que não estão satisfeitos com a proposta e que continuariam a protestar.
"Só a legislação não vai resolver o problema, precisamos de uma reforma ampla do sistema", disse a organização de médicos em início de carreira em nota oficial, acrescentando que as diretrizes da corte não atacavam o "problema central": os fundos inadequados para saúde pública e a falta de funcionários.