Investing.com — A produção industrial brasileira cresceu 1,1% em setembro em relação a agosto, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado veio acima dos 0,9% esperados e da leitura de 0,2% registrada em agosto. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a produção industrial registrou acréscimo de 3,4% em setembro, quarta alta seguida. No acumulado do ano até setembro, a expansão foi de 3,1%.
“A expectativa é que esses números se traduzam em aumento dos investimentos, já que estes ainda se situam bem abaixo do necessário para sustentar um crescimento sustentável de longo prazo”, acredita Rafael Perez, economista da Suno Research.
De acordo com o IBGE, três das quatro grandes categorias econômicas e 12 dos 25 ramos industriais tiveram alta no mês de setembro.
Considerando o recorte por atividade, destaque para produção industrial de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que subiram 4,3%, além de produtos alimentícios, que ganharam 2,3%.
A produção de veículos automotores, reboques e carrocerias apresentou acréscimo de 2,5%, enquanto as de produtos do fumo dispararam 36,5%. A atividade de metalurgia teve um aumento de 2,4% na produção industrial, enquanto houve crescimento de 3,3% em máquinas, aparelhos e materiais elétricos.
Entre as quedas nas atividades, os maiores impactos foram das indústrias extrativas, com perdas de 1,3%, e produtos químicos, em baixa de 2,7%. Além disso, registraram retração as atividades de equipamentos de transporte, com diminuição de 7,8%, e produtos farmoquímicos e farmacêuticos, caindo 3,7%.
Ao avaliar o recorte por categoria econômica, destaque para os bens de capital, com alta de 4,2% em setembro. Bens intermediários subiram 1,2%, bens de consumo semi e não duráveis apresentaram variação positiva de 0,6%, ao passo que o setor produtor de bens de consumo duráveis recuou 2,7%.