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JACKSON, WYOMING (Reuters) - O presidente do Federal Reserve de Kansas City, Jeffrey Schmid, disse nesta quinta-feira que não parece haver pressa para cortar a taxa de juros, com a inflação nos Estados Unidos ainda acima da meta de 2% do banco central e o mercado de trabalho em boa forma.
"Acho que estamos em uma situação muito boa e acho que realmente temos que ter dados muito definitivos para mudar essa política agora", disse Schmid, membro votante na decisão de juros este ano, em uma entrevista à CNBC.
Schmid disse que, com a inflação "provavelmente mais próxima de três do que de dois", o Fed precisa considerar como a redução da taxa de juros agora pode influenciar as expectativas do público.
"Essa última milha é bastante difícil", disse Schmid sobre o objetivo do Fed de fazer com que a inflação volte à sua meta de 2% após anos acima. "Acho que temos que ter cuidado com o que a redução dos juros de curto prazo faria com a mentalidade da inflação."
Schmid falou antes do início nesta quinta-feira da conferência anual do Fed organizada por seu banco regional, e enquanto as autoridades debatem se reduzirão a taxa de juros na reunião de política monetária de 16 e 17 de setembro.
O chair do Fed, Jerome Powell, discursa na conferência na sexta-feira.
O Fed manteve as taxas de juros em julho, mas com dois diretores discordando em favor de cortes e com a continuidade dos pedidos públicos de redução dos custos de empréstimos pelo presidente Donald Trump.
Schmid disse que, apesar dos recentes dados mais fracos sobre empregos, ele sentiu o otimismo crescendo entre seus contatos empresariais e não acha que a atual taxa de juros de referência, fixada entre 4,25% e 4,5%, está fazendo muito para amortecer a economia.
"Não sei exatamente o que estamos restringindo", disse Schmid.