Alerta do Balanço de Nvidia: Por que nossa estratégia por IA ainda se posiciona na açãoLeia Mais

Selic: Mesmo com crise bancária, economistas esperam manutenção nos juros

Publicado 19.03.2023, 18:00
© Reuters.
EUR/BRL
-
USD/BRL
-
IBOV
-
BVSPUSD
-
BVSPEUR
-
iBOV
-
WINc1
-
WDOc1
-
DOLc1
-
WINc2
-
WINc3
-
WDOc2
-
WDOc3
-
DOLc2
-
DOLc3
-
INDc2
-

Por Jessica Bahia Melo

Investing.com - No mesmo dia em que o Federal Reserve anuncia os juros nos Estados Unidos, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define os rumos da política monetária brasileira, na quarta-feira, 22. A expectativa de consenso é de que o órgão do Banco Central deve manter os juros em 13,75% nesta decisão mas, devido aos receios com a crise bancária após a quebra de dois bancos americanos e problemas no Credit Suisse (SIX:CSGN), aumenta a probabilidade de que a autoridade monetária indique cortes mais cedo do que era previsto.

Todos os economistas consultados projetam que os juros devem ser mantidos na próxima semana, mas divergem sobre quando a Selic pode começar a cair. Com inflação pressionada, mas riscos globais em alta, o BC estaria em uma encruzilhada. Na última divulgação, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 5,60% em doze meses finalizados em fevereiro, ainda acima da meta de 3,25% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que tem 1,5 ponto porcentual de tolerância.

LEIA MAIS: Inflação brasileira sobe 0,84% em fevereiro, puxada por alta na educação

Segundo Helena Veronese, economista-chefe na B.Side Investimentos, os juros só devem cair no último trimestre do ano, mas tudo vai depender da questão bancária e de um arcabouço fiscal mais crível. “A gente ainda espera estabilidade porque não temos arcabouço fiscal definido. Acho que os últimos acontecimentos aumentam a chance de o BC antecipar os cortes, o que já está precificado nas curvas”.

Antonio van Moorsel, estrategista-chefe da Acqua Vero, acredita em uma sinalização do Banco Central para iniciar o corte da taxa ao longo dos próximos meses, a depender dos desdobramentos macroeconômicos. “A última leitura do IPCA registrou aceleração da inflação e deterioração da composição mostrando uma alta de preços mais resiliente”.

Após esta reunião de dois dias e definição do Copom, Fabio Terra, professor de economia na Universidade Federal do ABC, avalia que os juros podem começar a cair no encontro seguinte.

Acho que mudar o juro agora o BC não vai bancar. Na minha visão, já existem condições para isso, mas como a comunicação da última reunião foi muito enfática sobre não mexer nos juros agora, acho que o Copom somente vai inserir no balanço de riscos uma possibilidade de queda antes do que era previsto”, aponta.

O que pode estar no balanço de riscos

Os economistas acreditam que a reoneração parcial dos combustíveis deve ser citada no balanço de riscos, indicando que, apesar de resultar no aumento de preços, a mudança ameniza o risco fiscal, que vinha sendo colocado como entrave para a redução dos juros. Outra citação possível é a reabertura da economia chinesa, com chance de alta na inflação global.

Além disso, com a expectativa para apresentação do novo arcabouço fiscal, esse tema deve estar presente no comunicado com o anúncio da decisão. Marcela Rocha, economista-chefe da Principal Claritas, também espera estabilidade da taxa de juros, mas aponta que desde a última reunião, houve uma deterioração nas expectativas de inflação de médio e longo prazo, com altas resilientes e núcleos pressionados.

Por outro lado, há evidências de desaceleração da economia e as expectativas de condições de crédito mais restritivas para famílias e empresas, o que deve pressionar a atividade. “Junto a isso, há uma crise no cenário global, desde a quebra do Silicon Valley Bank na semana passada. Ainda é um evento recente, mas traz dúvidas para o Copom”, reforça.

“Além disso, o BC deve observar os eventos no cenário global para avaliar os desfechos para o Brasil”. Rocha contrapõe a visão dos economistas que acreditam que os próximos passos nas decisões podem mudar, e vê a autoridade monetária reforçando a importância da manutenção dos juros elevados por um período prolongado.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.