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Vendas no varejo do Brasil recuam em agosto menos do que o esperado

Publicado 10.10.2024, 09:03
Atualizado 10.10.2024, 09:30
© Reuters. Loja em São Paulon11/06/2020. REUTERS/Amanda Perobelli

Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - O setor de varejo do Brasil registrou em agosto retração das vendas, devolvendo parte dos ganhos do mês anterior, embora a queda tenha sido um pouco menos intensa do que o esperado.

As vendas varejistas tiveram queda de 0,3% em agosto na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

O resultado foi um pouco melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,5%, depois de avanço de 0,6% em julho.

Na comparação com mesmo mês do ano anterior, os dados mostraram que houve alta de 5,1%, acima da expectativa de avanço de 3,6%..

O resultado de agosto foi apenas o segundo do ano no vermelho, depois de julho. O setor de varejo vem apresentando forte dinamismo, apoiado em uma inflação baixa, mercado de trabalho aquecido e expansão do crédito.

"O comportamento do comércio em 2024 ainda é positivo. O aspecto negativo do resultado de agosto é o fato de quatro das oito atividades pesquisadas terem registrado queda significativa, três ficarem estáveis e só uma ter apresentado alta”, explica Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

Analistas falam em perda de tração no segundo semestre ao sentir os efeitos de um impulso fiscal menor, o que ajudou a economia no início do ano.

Entre as oito atividades pesquisadas, sete tiveram desempenho negativo em agosto, com destaque para Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,9%).

“As lojas de departamento são o principal tipo de empresa atuante no setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico. Elas tiveram, em 2023, um ano muito turbulento, com registros de problemas contábeis afetando alguns dos principais players desse mercado, fazendo com que revisassem seus balanços patrimoniais. Isso provocou ajustes em toda a cadeia produtiva, levando à redução do número de lojas físicas", disse Santos.

Os outros resultados negativos vieram de Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,0%), Móveis e eletrodomésticos (-1,6%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,4%), Combustíveis e lubrificantes (-0,2%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%)

O único setor que registrou crescimento na comparação mensal foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,3%).

© Reuters. Loja em São Paulo
11/06/2020. REUTERS/Amanda Perobelli

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas apresentou recuo de 0,8% em agosto sobre julho.

Nesta quinta-feira, a empresa de meios de pagamento Stone (NASDAQ:STNE) divulgou que as vendas no varejo brasileiro em setembro recuaram 1,9% na comparação com o mesmo período do ano passado e caíram 2,4% ante agosto, no pior desempenho do setor no ano.

Os dados vieram dois dias depois que a rival Cielo (BVMF:CIEL3) indicou que as vendas no varejo no mês passado tiveram queda de 3,3% sobre um ano antes, descontada a inflação.

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