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(Reuters) - O diretor do Federal Reserve Christopher Waller disse nesta sexta-feira que sua entrevista com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, para ser o próximo chefe do banco central dos Estados Unidos correu bem e não foi política.
Waller, visto como o principal candidato a suceder o chair Jerome Powell no próximo ano, disse à CNBC que a entrevista foi "totalmente sobre economia".
A CNBC informou mais cedo que Waller está entre os cinco candidatos restantes sob consideração para suceder Powell quando o mandato do atual chair expirar em maio.
"Não sei se sou um finalista ou não", disse Waller. "Achei que a entrevista foi boa."
Bessent, que está fazendo o trabalho principal de avaliar os candidatos para que o presidente Donald Trump faça a indicação para o cargo, teve entrevistas preliminares com até 11 candidatos.
Mas, citando autoridades do Tesouro não identificadas, a CNBC informou que a lista havia sido reduzida para cinco: Waller; a vice-presidente de supervisão do Fed, Michelle Bowman; o presidente do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett; o ex-diretor do Fed Kevin Warsh; e o diretor de investimentos de renda fixa BlackRock, Rick Rieder.
Hassett continua sendo o favorito nos mercados de apostas Kalshi e Polymarket, com Waller ocupando o segundo lugar em ambas as plataformas que apostam em quem Trump indicará.
O presidente republicano exige que o Fed reduza a taxa de juros e rotineiramente se insurge contra Powell, que Trump escolheu como chair do Fed durante seu primeiro mandato na Casa Branca, mas com quem a relação rapidamente azedou.
"Na verdade, foi uma ótima entrevista", disse Waller, que foi nomeado para o Fed por Trump em 2020. "Quero dizer, houve muita discussão sobre vários aspectos de vários discursos que fiz sobre meus pontos de vista, e eles quiseram dar continuidade a essas histórias. Achei ótimo. Na verdade, não houve nada de político nisso. Não houve nada. Foi tudo uma discussão econômica séria. Por isso, achei que foi brilhante".
A questão da interferência política no Fed - e seu status como um órgão independente - é algo central agora que Trump tomou a medida sem precedentes de tentar demitir uma diretora do Fed em exercício, Lisa Cook, por causa de alegações de pedidos fraudulentos de hipoteca residencial.
Cook nega a alegação, nenhuma acusação foi apresentada até o momento e sua contestação legal à tentativa de demissão será discutida na Suprema Corte em janeiro.
(Reportagem de Dan Burns e Howard Schneider)