NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros de açúcar bruto na ICE subiram quase 2% nesta terça-feira, atingindo o maior preço em dois meses e meio, em meio à continuidade do clima seco no Brasil e após a grande entrega do contrato de julho, enquanto os contratos futuros de café e cacau também subiram.
AÇÚCAR
* O contrato outubro do açúcar bruto fechou em alta de 0,38 centavo de dólar, ou 1,9%, a 20,61 centavos de dólar por libra-peso. O contrato atingiu anteriormente 20,78, o preço mais alto desde 12 de abril.
* Os comerciantes disseram que o mercado ainda estava digerindo o resultado do vencimento de julho, com a entrega sendo vista como grande, mas ligada ao interesse de alguns produtores em receber o produto, o que poderia indicar uma forte demanda do mercado.
* As entregas totalizaram 21.277 contratos, ou quase 1,1 milhão de toneladas métricas.
* "Isso implica uma forte demanda por açúcar bruto do Brasil. Os vendedores são incentivados a entregar agora, em vez de levar até outubro", disseram os analistas da CTA em uma nota.
* A previsão de chuvas para a próxima semana no Brasil desapareceu, portanto, é provável que o longo período de seca continue.
* O açúcar branco de agosto caiu 0,3%, a 584,30 dólares a tonelada métrica.
CACAU
* O cacau em Londres subiu 306 libras, ou 5,0%, para 6.476 libras por tonelada, recuperando-se após cair 3% na segunda-feira.
* Os negociantes disseram que o mercado estava acompanhando de perto o clima na África Ocidental no período que antecede a próxima colheita da safra principal, que começa em outubro.
* "O clima ficou favorável em alguns países, incluindo Gana e Nigéria, com uma combinação de chuvas e maior insolação, o que pode ajudar no crescimento das plantas. Em contraste, a Costa do Marfim testemunhou algumas chuvas fortes que interromperam as atividades de meio de safra", disse o ING em uma nota.
CAFÉ
* O café arábica subiu 2,45 centavos, ou 1,1%, para 2,273 dólares por libra-peso.
* Os negociantes observaram que o aumento dos estoques na bolsa e a recente fraqueza da moeda do Brasil, o maior produtor, estavam ajudando a conter os preços, mas a persistência da estiagem no país suscita preocupações quanto à produção futura.
* Os estoques certificados da ICE eram de 815.176 sacas em 1o de julho, contra 780.583 sacas um mês antes.
* O café robusta de setembro subiu 0,6%, a 4.092 dólares por tonelada.