Queda de alimentos acelera e IPCA sobe menos que o esperado em julho apesar de energia elétrica
NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do açúcar bruto na ICE fecharam em ligeira queda na quarta-feira, mas ainda negociados acima de uma mínima recente de quatro anos, recebendo algum suporte do aumento dos preços do petróleo, enquanto os preços do café também caíram.
Os preços do açúcar e da energia estão ligados, pois a cana-de-açúcar pode ser usada para produzir o adoçante ou o etanol.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto caiu 0,06 centavo, ou 0,4%, fechando a 16,42 centavos de dólar por libra-peso, tendo atingido uma mínima de 16,34 centavos durante a sessão, um pouco acima do menor patamar em quatro anos de 16,32 centavos registrado na sexta-feira.
* Os comerciantes disseram que o clima geral permaneceu de baixa, com o início das monções impulsionando as perspectivas para as safras na Ásia, incluindo Índia, Tailândia e China.
* O mercado estava aguardando a divulgação, nos próximos dias, dos dados de moagem de cana e produção de açúcar da região centro-sul do Brasil, abrangendo a segunda metade de maio.
* Uma pesquisa com analistas divulgada pela S&P Global Commodity Insights indicou que a produção de açúcar aumentou 4,7%, para 2,84 milhões de toneladas métricas no período.
* O açúcar branco subiu 1,1%, para US$472,80 por tonelada.
CAFÉ
* O café arábica caiu 4,45 centavos de dólar, ou 1,3%, para US$3,486 por libra-peso.
* Os negociantes disseram que a colheita no Brasil, o maior produtor, continua a progredir de forma constante, com o clima geralmente favorável.
* As exportações brasileiras de café verde caíram quase 36% em maio em comparação com o mesmo mês do ano anterior, totalizando 2,60 milhões de sacas de 60 kg, de acordo com dados divulgados pelo grupo de exportadores locais Cecafe na terça-feira.
* A corretora Hedgepoint Global Markets disse em uma nota que a queda dos estoques certificados de arábica na ICE e a previsão de mais tempo frio no Brasil poderiam oferecer algum suporte aos preços, mas a perspectiva de longo prazo é mais "baixista" devido às amplas safras de robusta no Brasil e na Indonésia.
* O café robusta caiu 0,6%, para US$4.291 a tonelada.
(Reportagem de Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)