Queda de alimentos acelera e IPCA sobe menos que o esperado em julho apesar de energia elétrica
NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do açúcar bruto na ICE caíram para o nível mais baixo em quatro anos nesta terça-feira, com uma perspectiva melhor para as safras na Ásia contribuindo para a recente tendência de baixa, enquanto o café robusta ampliou sua queda, já que as safras recém-colhidas aumentaram a oferta.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto teve pouca alteração, a 16,90 centavos de dólar por libra-peso, depois de atingir uma mínima de quatro anos de 16,66 centavos de dólar mais cedo.
* Os comerciantes disseram que uma perspectiva favorável para as safras dos principais produtores asiáticos, como Índia e Tailândia, após um forte início da temporada de monções, pressionou os preços para baixo.
* Eles também observaram que a Petrobras (BVMF:PETR4) do Brasil cortou os preços da gasolina esta semana pela primeira vez desde 2023, aumentando o clima baixista no mercado.
* A cana no Brasil pode ser usada para produzir açúcar ou etanol, de modo que os preços mais baixos da gasolina podem potencialmente impulsionar a produção do adoçante.
* No entanto, a queda do açúcar tem sido forte o suficiente para fazer com que algumas usinas considerem uma alocação maior de cana para a produção de etanol, disse Rodrigo Martini, diretor de Açúcar e Etanol da corretora StoneX.
* Ele disse que o etanol anidro em Estados brasileiros como Goiás e Mato Grosso do Sul está proporcionando retornos financeiros mais altos do que o açúcar.
* O açúcar branco subiu 0,6%, a US$473,70 a tonelada métrica.
CAFÉ
* O café robusta caiu US$68, ou 1,5%, a US$4.337 por tonelada, depois de atingir uma mínima de nove meses e meio de US$4.235.
* Os negociantes disseram que a colheita do conilon no Brasil estava progredindo, com o clima geralmente favorável e uma grande safra amplamente prevista.
* As safras recém-colhidas da Indonésia também ajudaram a garantir uma ampla oferta global de robusta.
* O café arábica perdeu 1%, para US$3,4085 por libra-peso, com o posicionamento de investidores ajudando a dar mais força à recente queda dos preços.
* Na terça-feira, a cooperativa de café Cooxupé do Brasil informou que seus agricultores haviam colhido 10,1% da safra de 2025, um pouco abaixo do ritmo do ano anterior.
(Reportagem de Nigel Hunt e Marcelo Teixeira)