Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - O plantio de trigo no Rio Grande do Sul atingiu até esta quinta-feira 69% da área total prevista em 1.312.488 hectares, avanço de 13 pontos percentuais na comparação com a semana anterior, mas ainda atrasado em relação à média histórica para o período, de acordo com dados da Emater.
Na mesma época do ano passado, o plantio atingia 82% da área projetada, enquanto a média histórica de cinco anos é de 85%.
Em relatório, o órgão de assistência técnica do Estado afirmou que o plantio está "progredindo de forma mais lenta em regiões com maior umidade relativa do ar e no solo e com mais intensidade onde não ocorreram chuvas".
Contudo, segundo a Emater, há perspectiva de conclusão dos trabalhos dentro do período definido no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).
"As baixas temperaturas nessa fase são favoráveis para a expressão de alto potencial produtivo do trigo, cujas últimas lavouras implantadas apresentam melhor emergência e estande de plantas", disse a Emater.
Nesta fase, as geadas favorecem a sanidade da cultura, diminuindo a incidência de insetos e de doenças, notou.
A safra de trigo do Rio Grande do Sul de 2024 está estimada em 4,07 milhões de toneladas, aumento de 55,27% ante o ciclo anterior, com expectativas de recuperação de produtividades após uma frustração climática na temporada passada, apontou levantamento da Emater na semana passada.
Caso esta produção se confirme, o Estado pode figurar como o maior produtor de trigo do Brasil, superando o Paraná.