Bessent prevê "progresso substancial" nas negociações com a China nas próximas semanas

Publicado 05.05.2025, 20:47
© Reuters

Investing.com — O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse à CNBC na segunda-feira que espera ver progresso nas negociações comerciais entre EUA e China nas próximas semanas, afirmando que as tarifas de 145% impostas pelo presidente Donald Trump sobre o país não são sustentáveis.

No entanto, Bessent não comentou se negociações comerciais ativas com a China estão acontecendo.

"Acredito que poderemos ver progresso substancial nas próximas semanas... tarifas de 145%, 125% são equivalentes a um embargo", disse Bessent em entrevista à CNBC.

Ele também observou que os EUA tinham vantagem no conflito comercial, afirmando que os EUA eram o "país deficitário" e que a China, o "país superavitário", tinha mais a perder.

Quando questionado se negociações estavam acontecendo, Bessent disse "veremos nas próximas semanas, veremos o que o presidente Trump quer aceitar."

Os comentários de Bessent surgem em meio a incertezas sobre se as negociações comerciais entre EUA e China estão ocorrendo, depois que os dois países se envolveram em uma amarga guerra comercial em abril. Trump impôs tarifas de 145% à China, enquanto a China retaliou com tarifas de 125%.

Mas enquanto Trump afirmou que negociações comerciais com a China estavam ocorrendo, a China negou que qualquer negociação tenha acontecido. Trump também sinalizou pouca intenção de realizar conversas imediatas com o presidente chinês Xi Jinping.

A China sinalizou alguma abertura para negociações comerciais na semana passada, alegando que autoridades americanas entraram em contato com a intenção de negociar. Mas Pequim disse que não participará de negociações até que os EUA reduzam suas elevadas tarifas sobre o país.

Trump sinalizou que está aberto a reduzir as tarifas sobre a China, mas não o fará até que Pequim venha à mesa de negociação.

Trump afirmou na segunda-feira que a China queria fazer um acordo "muito urgentemente", embora não tenha esclarecido se Pequim havia entrado em contato.



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