BNP Paribas passa a projetar alta de 0,25 p.p. na Selic em setembro

Publicado 05.09.2024, 15:19
Atualizado 05.09.2024, 15:20
© Reuters. Vista do prédio do Banco Central em Brasílian11/06/2024 REUTERS/Adriano Machado

BRASÍLIA (Reuters) - O BNP Paribas (EPA:BNPP) passou a projetar uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa Selic na próxima reunião do Banco Central, em 17 e 18 de setembro, que deve iniciar um ciclo de aumentos, citando um aquecimento do mercado de trabalho, política fiscal frouxa e expectativas de inflação firmemente acima da meta até 2027.

Além do ajuste de setembro, a instituição afirmou, em nota, que prevê aumentos da taxa de juros de 0,50 ponto percentual em novembro e dezembro e de 0,25 ponto percentual em janeiro e março, totalizando um ciclo de alta de 1,75 ponto percentual. A Selic está em 10,50% desde junho, quando o BC interrompeu seu ciclo de cortes.

"Comentários do presidente e dos diretores do BC desde a última reunião do Comitê de Política Monetária reforçaram a mente aberta do Copom em relação aos seus próximos passos, mas também destacou o desconforto com a inflação atual e o claro desconforto em relação às expectativas de inflação acima da meta até 2027", afirmou o banco em nota assinada pelas economistas Fernanda Guardado, ex-diretora do BC, e Laiz Carvalho.

Segundo o banco, o cenário atual requer maior cautela por parte do BC pois as reduções do primeiro semestre desaceleraram o processo de desinflação e não conseguiram reancorar as expectativas de inflação de longo prazo.

A nota aponta que dados recentes reiteram que o mercado de trabalho permanece forte e que o crescimento do Produto Interno Bruto está acima do potencial, com os cortes anteriores deste ano ainda fazendo efeito, mas também destaca que o processo desinflacionário parecer ter se estabilizado no patamar atual.

"Dada a dependência dos dados por parte dos formuladores de política monetária, acreditamos que o balanço de riscos se inclinou no sentido da necessidade de um ajuste da taxa básica, uma vez que o nível atual não parece ser suficiente para desacelerar a economia conforme necessário e para apoiar a conclusão da tendência de desinflação rumo à meta e, igualmente importante, a reancoragem das expectativas de inflação a longo prazo", afirma o documento.

 

(Por Victor Borges)

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