Por Bernardo Caram
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Ministério da Fazenda do Brasil e o Tesouro dos Estados Unidos firmaram nesta sexta-feira uma parceria que busca ampliar os laços entre os dois países na área climática, com foco em acelerar investimentos em energia limpa e estimular o mercado de carbono, finanças sustentáveis e fundos climáticos.
O acordo foi selado em encontro entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, às margens das reuniões de lideranças financeiras do G20 no Rio de Janeiro.
Falando a jornalistas, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que “o avanço do trabalho sobre o clima e sobre a natureza e a biodiversidade pode trazer benefícios não apenas para ambas as nossas economias, mas também para a região e para a economia global”.
“Queremos estar mais próximos”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acrescentando que espera que essas diretrizes se transformem em ações concretas muito rapidamente.
Haddad ainda afirmou que os dois países unem esforços em nome de uma transição justa e sustentável, também em busca de ampliar a integração do continente americano.
Os dois países disseram que o volume de recursos requeridos para financiar a transição energética é alto e que vão mobilizar instituições, como bancos de desenvolvimento, em busca de ferramentas inovadoras para ampliar investimentos privados.
"Trabalhamos juntos para desenvolver políticas que mobilizem o investimento privado para diversificar cadeias de produção globais, apoiar o avanço e implementação em larga escala de tecnologias de produção de energia limpa e financiar a manufatura de equipamentos de energia renovável, hidrogênio de baixo carbono, biocombustíveis, entre outras áreas", diz documento assinado pelos dois países.
O documento ainda ressalta a importância de fundos públicos com o objetivo de alavancar o capital privado.
"Fazenda e Tesouro estão trabalhando conjuntamente para promover passos concretos para facilitar o acesso de mercados emergentes e de economias em desenvolvimento a recursos de fundos multilaterais de clima, especialmente para os países mais vulneráveis", afirma o documento.