Dólar oscila perto da estabilidade à espera de novidades sobre tarifas
NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do cacau na ICE se mantiveram perto das máximas de uma semana e meia nesta segunda-feira, já que os dados do principal produtor, a Costa do Marfim, renovaram as preocupações com a oferta, enquanto os preços do açúcar caíram, com os investidores vendo uma ampla oferta no horizonte.
CACAU
* O cacau em Nova York fechou em alta de US$79, ou 0,9%, a US$9.000 a tonelada métrica, tendo atingido seu maior valor desde 17 de junho na sexta-feira.
* As chegadas de cacau nos portos da Costa do Marfim, o maior produtor, entre 1º de outubro e 29 de junho, atingiram 1,613 milhão de toneladas, um aumento de 1,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
* A moagem de cacau da Costa do Marfim caiu 8,5% em maio em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados da associação de exportadores GEPEX.
* A moagem de cacau é normalmente vista como um indicador da demanda, embora às vezes possa cair devido à falta de grãos.
* Em outros lugares, os negociantes disseram que alguns investidores estão preocupados com o fato de que as chuvas abundantes na África Ocidental nos últimos dois meses possam piorar doenças como a vagem negra.
* O cacau em Londres caiu 1,3%, para 5.939 libras por tonelada.
AÇÚCAR
* Os contratos futuros do açúcar bruto fecharam em queda de 0,51 centavo, ou 3,1%, a 16,20 centavos de dólar por libra-peso. O contrato do primeiro mês, que expirou nesta sessão, caiu 2,1%, para 15,48 centavos de dólar por libra-peso, em meio a um volume reduzido.
* As entregas no vencimento de julho foram vistas em 888 lotes, ou cerca de 45.110 toneladas métricas, disseram os traders, o menor volume desde 2014 para esse contrato.
* Espera-se que os principais produtores, Tailândia e Índia, apresentem fortes safras de cana este ano, em meio a amplas chuvas e uma monção antecipada.
* Os especuladores aumentaram novamente sua já grande aposta de baixa nos futuros do açúcar bruto da ICE na semana até 24 de junho, elevando sua posição líquida vendida para 109.203.
* Limitando a queda nos preços do açúcar, a produção do Brasil, maior produtor, caiu 22% na primeira metade de junho.
* O açúcar branco recuou 2,4%, para US$472,90 a tonelada.
CAFÉ
* O café robusta caiu US$41, ou 1,1%, para US$3.620 a tonelada, depois de atingir o valor mais baixo em um ano, de US$3.459, na quinta-feira.
* O clima no Vietnã, principal produtor de robusta, continua benigno, e o Departamento de Agricultura dos EUA previu que a safra de café do Vietnã para 2025-26 crescerá 6,9%.
* O café arábica caiu 1,2%, para US$3,001 por libra-peso, depois de ter atingido o menor valor em sete meses na sexta-feira.
(Reportagem de May Angel e Marcelo Teixeira)