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NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do café fecharam mistos nesta quarta-feira, em um mercado cauteloso e volátil, com os investidores se preparando para a sexta-feira, quando as tarifas dos EUA de 50% sobre as importações do Brasil poderão afetar a oferta do maior produtor global, se não houver acordo comercial.
Os Estados Unidos importam um terço do café que consomem do Brasil.
CAFÉ
* O café arábica caiu 3,1 centavos de dólar, ou 1%, a US$2,934 por libra-peso, tendo fechado em queda de 1,7% na terça-feira.
* O café robusta subiu 1,7%, para US$3.345 a tonelada métrica. Na semana passada, atingiu o valor mais baixo em 16 meses, de US$3.166.
* Os comerciantes lembraram que o mercado teve uma breve recuperação na terça-feira, depois que o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse que as commodities que não são cultivadas nos EUA poderiam ser isentas de tarifas se acordos comerciais com os países produtores fossem fechados.
* "À medida que o eco das palavras do secretário desaparece, uma realidade mais preocupante se impõe: nada mudou. Nenhuma mudança de política oficial. Nenhuma declaração executiva. Nem mesmo um vazamento confiável", disse o corretor e consultor Michael J. Nugent.
* As tensões aumentaram na quarta-feira, com o governo Trump sancionando o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e a Casa Branca publicando um informativo sobre as medidas, incluindo a isenção de taxas para alguns produtos, mas não o café.
* Em outras notícias, o Citi disse que espera que o mercado global de café registre um excedente de 6,1 milhões de sacas na próxima temporada 2025/26, em meio à melhoria da produção no Brasil, Vietnã e Indonésia.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto caiu 0,14 centavo, ou 0,8%, a 16,45 centavos de dólar por libra-peso, tendo subido 1% na terça-feira.
* A corretora StoneX espera que a produção de açúcar do Brasil fique estável na safra atual, em 40,16 milhões de toneladas.
* O açúcar branco caiu 1,1%, para US$ 470,00 por tonelada.
(Reportagem de May Angel e Marcelo Teixeira)