NOVA YORK (Reuters) - Os futuros do café robusta na ICE fecharam em alta nesta sexta-feira, pouco abaixo do recorde registrado na quinta-feira, somando alta de 10% na semana em meio à queda nas exportações do Vietnã e às notícias de diminuição da oferta do Brasil.
O café arábica também subiu nesta sexta-feira, com ganho semanal de 8,6%.
CAFÉ
* O contrato setembro do café robusta fechou em alta de 41 dólares, ou 0,9%, a 4.617 dólares por tonelada, tendo estabelecido um recorde de 4.681 dólares na quinta-feira.
* Os negociantes disseram que a colheita do maior produtor, o Brasil, estava agora cerca de 70% concluída, com as colheitas de arábica e robusta sendo menores do que o inicialmente esperado.
* O grupo exportador brasileiro Cecafé disse que o consenso do mercado é de uma safra de robusta 10% menor do que se pensava inicialmente nesta temporada, enquanto a produção de arábica poderia ser 5% menor.
* Os preços do café no Vietnã subiram um pouco, com as atividades comerciais sendo interrompidas devido à escassez prolongada de grãos robusta, disseram operadores.
* O setembro do café arábica subiu 1,6%, a 2,4875 dólares por libra-peso, depois de atingir uma máxima de dois anos e meio de 2,5530 dólares na quinta-feira.
AÇÚCAR
* O contrato outubro do açúcar bruto caiu 0,23 centavo, ou 1,2%, a 19,20 centavos de dólar por libra-peso. Perdeu quase 5% na semana.
* O mercado foi colocado na defensiva por dados divulgados esta semana que mostram um aumento de 20,1% na produção de açúcar na região centro-sul do Brasil durante a segunda quinzena de junho.
* "Após o fracasso em manter acima de 20 centavos, os altistas estão no comando, aparentemente ignorando o tempo seco no Brasil", disse uma corretora com sede nos EUA.
* “Ainda há preocupação com a segunda metade da safra, mas até que vejamos alguma prova de cana subdesenvolvida sendo colhida com menor rendimento ou queda de esmagamento, os altistas devem prevalecer”, acrescentou.
* O agosto do açúcar branco, que expira na próxima semana, caiu 1%, a 547,60 dólares a tonelada.
(Reportagem de Nigel Hunt, Maytaal Angel e Marcelo Teixeira)