Queda de alimentos acelera e IPCA sobe menos que o esperado em julho apesar de energia elétrica
NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do café robusta negociados na bolsa ICE se estabilizaram nesta sexta-feira, depois de atingirem o nível mais baixo em um ano nesta semana, em meio a uma perspectiva de oferta amplamente favorável, enquanto o açúcar se recuperou de sua mínima recente de quatro anos.
CAFÉ
* O café robusta teve pouca alteração, fechando a US$3.661 por tonelada métrica, tendo atingido a mínima de um ano de US$3.459 na quinta-feira. O contrato perdeu 2% na semana.
* Os negociantes observaram que os preços domésticos do Vietnã, maior produtor de robusta, subiram esta semana, o que levou os negociantes com posições vendidas em futuros ou com apostas na queda dos preços a realizarem lucros comprando de volta seus contratos.
* De modo geral, porém, o clima no Vietnã, o maior produtor, continua benigno, disseram eles, enquanto o Departamento de Agricultura dos EUA previu que a produção de café do Vietnã na próxima temporada de 2025/2026 crescerá 6,9%, para 31 milhões de sacas.
* Os contratos futuros do café arábica caíram 1,9 centavo, ou 0,6%, a US$3,0375 por libra-peso, depois de terem atingido o nível mais baixo em sete meses na quarta-feira.
* A safra de café arábica de 2025 do Brasil, que é a maior produtora, está avançando, embora muitas cerejas tenham caído no chão em alguns lugares, disseram dois especialistas à Reuters, já que as previsões de produção mais positivas e a menor demanda esperada suprimem os preços.
AÇÚCAR
* Os contratos futuros do açúcar bruto fecharam em alta de 0,16 centavo, ou 1%, a 15,81 centavos de dólar por libra-peso, tendo atingido 15,55 centavos de dólar na quinta-feira, seu valor mais baixo em quatro anos. O contrato perdeu 1,8% na semana.
* Os comerciantes observaram previsões que indicam que, embora as monções na Índia, o segundo maior produtor, estejam se intensificando, as partes do sul do país não estão recebendo muita chuva. Isso pode minar parte do otimismo em relação à safra.
* A queda do açúcar para as mínimas de quatro anos nesta semana foi, em grande parte, motivada pelo início antecipado das monções na Índia e pelas chuvas abundantes na Tailândia, o segundo maior exportador de açúcar do mundo.
* Espera-se que a produção de açúcar no Brasil em junho sofra uma grande redução em comparação com o ano anterior, de acordo com uma pesquisa da S&P Global Commodity Insights.
* O açúcar branco subiu 1,4%, para US$ 484,70 a tonelada.
(Reportagem de May Angel e Marcelo Teixeira)