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Calendário Econômico - 5 principais eventos desta semana

Publicado 29.04.2018, 06:39
© Reuters.  Os 5 principais eventos a serem observados nesta semana nos mercados financeiros
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Investing.com - A semana que se inicia será dominada por vários eventos mobilizadores de mercado, com a decisão de política monetária do Federal Reserve, relatório de empregos de abril e resultados da Apple na agenda.

Negociações comerciais entre Estados Unidos e China também manterão investidores em alerta nesta semana, já que Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, e outros membros da administração Trump estão a caminho de Pequim.

Na Europa, investidores aguardam a primeira estimativa dos números da inflação da zona do euro para avaliar a velocidade na qual o Banco Central Europeu começará a reduzir seu programa de compra de ativos após as atas da reunião do BCE, divulgadas na semana passada, que apontavam para uma política monetária menos agressiva.

Já no Reino Unido, investidores se concentrarão em relatórios da atividade no setor industrial, no setor da construção e no setor de serviços na busca de mais indicações sobre a saúde da economia e sobre a possibilidade de que o Banco da Inglaterra aumente as taxas de juros neste ano, especialmente após o relatório fraco do PIB divulgado na semana passada.

Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com os cinco maiores eventos do calendário econômico com grandes chances de afetar os mercados.

1. Decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros

O Federal Reserve não deve realizar qualquer ação sobre as taxas de juros ao concluir sua reunião de política monetária de dois dias às 15h00 da próxima quarta-feira, mantendo-as na faixa de 1,5% a 1,75%.

O banco central divulgará sua declaração após a reunião e os investidores buscarão qualquer mudança na visão da instituição sobre inflação e economia.

A maioria dos economistas acredita que o Fed irá elevar as taxas de juros em junho, com outro aumento em setembro e um terceiro movimento em dezembro.

Investidores também estarão atentos ao dólar norte-americano e nas taxas de juros após a moeda dos EUA ter desfrutado de sua melhor semana desde novembro de 2016, ao passo que o rendimento do título do Tesouro do país quebrou a o significativo nível psicológico de 3% pela primeira vez em mais de quatro anos.

2. Relatório de Empregos dos EUA

Haverá vários relatórios econômicos divulgados nesta semana, já que o calendário rola de abril para maio, com os dados mensais do emprego em destaque.

O Departamento de Trabalho dos EUA divulgará seu relatório de abril sobre folhas de pagamento não agrícolas na próxima sexta-feira às 09h30 e a atenção sobre ele será dada mais sobre o que será dito quanto a salários do que quanto a contratações.

O consenso das projeções é de que os dados mostrarão que houve acréscimo de 185.000 empregos no mês na sequência do aumento de 103.000 em março, ao passo que a taxa de desemprego tem projeções de cair para 4,0% a partir de 4,1%.

Entretanto, a maior parte das atenções provavelmente se voltará aos números relativos à média de ganhos por hora, que devem subir 0,2% após um aumento de 0,3% no mês anterior. Em base anual, as projeções para os salários são de aumento de 2,7%, o mesmo aumento de março.

O calendário desta semana também traz relatórios norte-americanos sobre renda pessoal e gastos pessoais, que incluem os dados da inflação das despesas de consumo pessoal, a métrica preferida do Fed para a inflação.

Dados do ISM sobre a atividade industrial e o crescimento do setor de serviços, folhas de pagamento do setor privado da ADP, vendas de automóveis, gastos com construção, balança comercial e encomendas à indústria também estarão na agenda.

Além dos dados, agentes do mercado também estarão muito atentos a comentários feitos por integrantes do Fed em discursos nesta semana na busca de indícios sobre a perspectiva de política monetária.

No topo da agenda estarão os comentários de John Williams, presidente do Federal Reserve Bank de São Francisco, que em junho irá assumir o cargo de presidente do Federal Reserve de Nova York.

Discursos de Randal Quarles, diretor do Fed, Raphael Bostic, diretor do Fed de Atlanta, e de Rob Kaplan, presidente do Fed de Dallas, também estarão em foco.

A economia norte-americana desacelerou no primeiro trimestre, já que os gastos dos consumidores cresceram em seu ritmo mais fraco em quase cinco anos, afirmou o Departamento de Comércio na sexta-feira. Mas o revés provavelmente é temporário no contexto de um mercado de trabalho mais apertado e de um grande estímulo fiscal.

Enquanto isso, questões comerciais estarão nas manchetes uma vez que Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos EUA, e outras autoridades irão à China em um esforço para evitar a escalada de uma guerra comercial.

A decisão de Donald Trump, presidente norte-americano, se irá impor tarifas sobre importações de alumínio e de aço da União Europeia, bem como do Canadá e do México, parceiros do NAFTA, também irá atrair as atenções.

A decisão está prevista para terça-feira.

3. Apple destaca outra semana cheia de balanços

Em Wall Street, mais de um quinto das empresas constituintes do S&P 500 irão divulgar resultados, com a maior parte do foco caindo sobre a Apple (NASDAQ:AAPL), líder do setor de tecnologia, que deverá divulgar seus números após o fechamento de terça-feira.

Ações da fabricante do iPhone foram atingidas nas últimas semanas por preocupações a respeito de desaceleração nas vendas de telefones celulares e agora estão em baixa de 4% em relação ao ano passado e de 10% em relação à sua máxima histórica.

McDonald's (NYSE:MCD) e Loews (NYSE:L) na segunda-feira, Merck (NYSE:MRK), Pfizer (NYSE:PFE) e Snap (NYSE:SNAP) na terça-feira, Tesla (NASDAQ:TSLA), Square (NYSE:SQ), Spotify (NYSE:SPOT) e Mastercard (NYSE:MA) na quarta-feira, CBS (NYSE:CBS) ed Blue Apron (NYSE:APRN) na quinta-feira e Alibaba (NYSE:BABA) na sexta-feira estão entre dezenas de outras empresas que divulgarão seus balanços.

As bolsas norte-americanas encerraram a semana passada entre estáveis e em baixa, após uma semana de fortes oscilações. O S&P 500 fechou praticamente inalterado, ao passo que o Dow e a Nasdaq tiveram perdas de 0,6% e 0,4%, respectivamente.

4. Inflação da zona do euro

A zona do euro irá divulgar números da inflação em abril às 06h00 da próxima quinta-feira, que provavelmente darão sustentação à decisão do Banco Central Europeu de não apressar a retirada do estímulo monetário.

O consenso das previsões aponta que o relatório mostrará que os preços ao consumidor subiram 1,3% após terem subido em taxa similar no mês de março.

Em outro golpe nos esforços do BCE para impulsionar a inflação, os números de seu núcleo, sem os preços voláteis de energia e alimentos, deverão ter caído 0,9%, a partir de 1,0% no mês anterior.

Além da inflação, a zona do euro também irá apresentar os dados preliminares do PIB do primeiro trimestre na quarta-feira, que deverão confirmar que o crescimento no bloco de moeda única foi moderado desde o início do ano.

O BCE manteve sua posição atual sobre taxas de juros, como era amplamente esperado pelos mercados na semana passada, e escolheu reafirmar seu estímulo monetário, levando o euro ao menor nível desde 12 de janeiro frente ao dólar.

5. PMIs do Reino Unido

O Reino Unido divulgará sua leitura sobre a atividade do setor industrial em abril às 05h30 desta terça-feira, seguida pelo relatório do setor de construção civil na quarta-feira e do setor de serviços na quinta-feira.

Espera-se que o PMI industrial caia de 55,1 no mês anterior para 54,9 agora, que a atividade de construção civil se fortaleça de 47,0 para 50,9, e que o gigante setor de serviços britânico tenha melhora de 51,7 para 53,3.

A economia britânica cresceu em seu ritmo mais lento desde o quarto trimestre de 2012, conforme dados divulgados na última sexta-feira, levando investidores a reduzirem suas apostas de que o Banco da Inglaterra eleve as taxas de juros no mês que vem.

Fique por dentro de todos os eventos econômicos desta semana acessando: http://br.investing.com/economic-calendar/

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