Chefe de comércio da UE diz que bloco não será pressionado a fazer acordo injusto com os EUA

Publicado 06.05.2025, 08:37
Atualizado 06.05.2025, 09:55
© Reuters.

BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia não se sente sob pressão indevida para aceitar um acordo comercial injusto com os Estados Unidos, disse o chefe de comércio da UE nesta terça-feira, acrescentando que outros parceiros comerciais estão muito interessados em acelerar as negociações com o bloco.

A UE enfrenta tarifas de 25% dos EUA sobre seu aço, alumínio e carros e as chamadas tarifas "recíprocas" de 10% para quase todos os outros produtos, uma taxa que pode aumentar para 20% depois que a pausa de 90 dias do presidente Donald Trump expirar em 8 de julho.

O comissário europeu de Comércio, Maros Sefcovic, disse que a UE usará a pausa para preparar outras medidas de reequilíbrio e garantir condições equitativas caso as negociações fracassem.

"Todas as opções permanecem sobre a mesa", disse ele ao Parlamento Europeu.

Embora a preferência clara da UE seja negociar uma solução com os EUA, ele disse que Washington agora precisa mostrar sua disposição de progredir em direção a um acordo justo e equilibrado.

"Não nos sentimos fracos. Não nos sentimos sob pressão indevida para aceitar um acordo que não seria justo para nós", disse Sefcovic.

O comissário disse que as tarifas dos EUA agora cobrem 70% do comércio de bens da UE para o país e que isso pode aumentar para 97% após novas investigações dos EUA sobre produtos farmacêuticos, semicondutores e outros produtos.

Ele disse que a UE também está focada nos 87% do comércio global não realizado com os EUA, apontando para as negociações do bloco com Índia, Indonésia, Filipinas, Tailândia e Malásia.

"Posso lhes dizer que nossos telefones não param de tocar o tempo todo porque todos querem acelerar as negociações de acordos de livre comércio conosco", continuou.

O comentário evocou a linguagem da Casa Branca, que afirmou ter recebido uma enxurrada de ligações de governos que buscam fechar acordos e reduzir o impacto das tarifas de Trump, que têm agitado os mercados e aumentado os temores de uma desaceleração econômica global.

A UE suspendeu suas próprias contramedidas contra as tarifas dos EUA sobre metais para dar espaço para negociações, embora pareça não ter havido muito progresso.

(Reportagem de Philip Blenkinsop)

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