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HONG KONG (Reuters) - O Ministério da Indústria da China informou nesta terça-feira que realizou uma reunião com representantes do setor de energia solar, a segunda em dois meses, e pediu que o setor fortaleça as regulamentações, reduza o excesso de capacidade e diminua a concorrência extrema entre as empresas.
Os representantes na reunião foram instruídos a "promover conjuntamente o desenvolvimento saudável e sustentável do setor", disse o ministério em um comunicado.
Ele disse que as partes devem "restringir a concorrência desordenada de preços baixos", referindo-se ao excesso de capacidade no setor.
A discussão ocorreu depois de uma reunião em julho, na qual o ministério disse que as autoridades deveriam "promover a saída ordenada da capacidade de produção obsoleta", aumentando as expectativas de que o governo aperte as rédeas do setor inchado.
Uma reunião no final de julho do Politburo, que geralmente define a direção econômica da China para o ano, aumentou ainda mais as esperanças de que o governo daria início a uma campanha há muito esperada contra a deflação.
As maiores empresas de energia solar da China reduziram quase um terço de sua força de trabalho em 2024, segundo os registros das empresas, já que as perdas na cadeia de valor de fabricação atingiram US$40 bilhões no ano passado.
Um plano ambicioso liderado pelos maiores produtores de polissilício, um componente fundamental na fabricação de painéis solares, para comprar e desativar cerca de um terço da capacidade do setor enfrentará desafios para conseguir a adesão de produtores menores e dos governos locais, dizem os analistas.
Para agravar os desafios, as reformas de preços levaram a uma demanda desigual este ano, com os produtores de energia correndo para construir a maior parte de suas novas usinas solares no primeiro semestre do ano, antes que as novas políticas entrassem em vigor em junho.
Isso fez com que a demanda doméstica caísse drasticamente no segundo semestre, embora, considerando o ano de 2025 como um todo, ainda se espere que estabeleça um recorde de instalações.
Com a China capaz de produzir aproximadamente o dobro da quantidade de painéis solares que o mundo comprará este ano, analistas dizem que entre 20% e 30% — ou até mais — da capacidade de fabricação precisa ser eliminada para que a indústria volte a ser lucrativa.
(Reportagem de Farah Master, Colleen Howe e Redação de Pequim)