Consignado privado movimentou R$3,3 bilhões em duas semanas, diz Ministério do Trabalho

Publicado 03.04.2025, 21:07
Atualizado 03.04.2025, 21:10
© Reuters. Moedas de R$1,00n15/10/2010nREUTERS/Bruno Domingos

Por Fabricio de Castro

(Reuters) - Em duas semanas as instituições financeiras concederam R$3,3 bilhões de crédito consignado aos trabalhadores com carteira assinada no Brasil, informou o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta quinta-feira por meio de nota.

Ao todo, 532.743 pessoas acessaram o programa do consignado privado, e o valor médio das operações foi de R$6.209,65 por trabalhador.

Os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro lideraram as contratações, que abarcam o período de 21 de março a esta quinta-feira, 3 de abril, até as 11h, conforme o MTE. São Paulo e Rio juntos contabilizaram R$1,1 bilhão de empréstimos consignados para os trabalhadores com carteira assinada.

"Atualmente, o Brasil conta com mais de 47 milhões de trabalhadores assalariados com carteira assinada, e 68 milhões possuem a Carteira de Trabalho Digital", citou o ministério na nota.

"A expectativa é que, em 4 anos, 25 milhões de pessoas sejam incluídas no consignado privado, com taxas de juros mais vantajosas", acrescentou o MPE, afirmando que o programa pode ser usado para substituir uma dívida mais cara por uma mais barata.

Lançado pelo governo Lula em abril, o programa de Crédito do Trabalhador permite acesso a empréstimos consignados que utilizam como garantia até 10% do saldo do FGTS do trabalhador e/ou até 100% da multa rescisória.

O programa é uma das iniciativas do governo para tentar recuperar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abalada em pesquisas recentes.

No entanto, a possibilidade de que parte dos empréstimos seja direcionada para o consumo das famílias -- e não necessariamente para a troca de um crédito mais caro por um mais barato -- é um ponto de atenção entre economistas do mercado financeiro.

Um dos receios é o de que o consignado para trabalhadores com carteira assinada seja um fator de sustentação para a inflação no Brasil, que tem girado acima da meta de 3% perseguida pelo Banco Central. Na última segunda-feira o diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, afirmou que a instituição ainda estuda como será o comportamento do programa de consignado privado.

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