Em meio a um ambiente desafiador para escritórios de advocacia estrangeiros na Grande China, o escritório de advocacia Dechert, com sede nos EUA, está considerando o fechamento de seus escritórios em Hong Kong e Pequim. A decisão é influenciada por uma desaceleração prolongada nos mercados de capitais e pelo aumento das tensões entre China e Estados Unidos.
O escritório de Hong Kong da Dechert emprega atualmente mais de 20 pessoas, 14 das quais são advogados, incluindo quatro sócios. O escritório de Pequim é menor, com apenas três advogados. A presença global da Dechert inclui aproximadamente 1.000 advogados, mas as operações da empresa na Ásia podem em breve se limitar a Cingapura, onde tem 14 advogados e seis sócios, caso ocorra o fechamento dos escritórios chineses.
Funcionários dos escritórios afetados foram informados no início deste mês sobre a possível paralisação. Discussões estão em andamento sobre a possível transferência de alguns advogados da China para Cingapura. No entanto, a empresa não fez nenhum anúncio público sobre a data exata dos fechamentos ou se os clientes foram notificados.
A possível saída da China por Dechert segue movimentos semelhantes de outros escritórios de advocacia americanos e internacionais, que vêm reavaliando sua presença na região. Fatores como incerteza econômica, atividades de negociação moderadas e tensões geopolíticas contribuíram para essa tendência. Além disso, as novas regulamentações do governo chinês sobre privacidade de dados e segurança cibernética representaram desafios, como destacado pela decisão da Dentons, no ano passado, de dissolver sua parceria com a Dacheng.
Outras empresas como Morrison e Sidley Austin também tomaram medidas para reduzir sua pegada na China. A Morrison está encerrando seu escritório em Pequim quando o contrato expira no final deste ano, enquanto Sidley Austin planeja fechar seu escritório em Xangai e consolidar as operações em Hong Kong e Pequim até setembro.
O desempenho financeiro da Dechert mostrou um crescimento modesto, com as receitas globais aumentando 0,4%, para US$ 1,294 bilhão no ano passado, e uma ligeira queda nos lucros por sócio de capital. Em maio do ano passado, o escritório demitiu 55 advogados e 43 profissionais de negócios, o que representa 5% de seu quadro de funcionários.
O setor jurídico experimentou uma mudança, com muitas empresas inicialmente se expandindo durante um boom na negociação corporativa em 2021 e no início de 2022, apenas para recorrer a cortes de empregos à medida que a demanda por serviços jurídicos diminuiu diante dos ventos contrários econômicos, como o aumento das taxas de juros, a alta inflação e a ameaça iminente de uma recessão.
Em Hong Kong, a Dechert já havia dissolvido sua equipe de ofertas corporativas no início deste ano, que incluía cerca de quatro advogados, devido a uma desaceleração do mercado e uma desaceleração nas atividades de IPO. Este último desenvolvimento sinaliza uma contração contínua para a empresa na região.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.