Por Balazs Koranyi e John O'Donnell
FRANKFURT (Reuters) - O presidente do Banco Central Europeu defendeu com veemência nesta quinta-feira a sua política de dinheiro barato contra críticas fortes da Alemanha, no momento em que a líder do país entra num debate que tem provocado uma divisão entre o banco central da zona do euro e a sua maior economia.
Mario Draghi disse que a política do BCE de imprimir dinheiro e manter reduzidos os custos de empréstimo está funcionando, acrescentado que as taxas de juros ficariam nos atuais níveis recordes de baixa por um longo período.
Enfatizando o direito de independência do banco de interferência política, Draghi também pediu para que os governos da zona do euro ajudem a colocar a economia lenta da região em base mais sólida por intermédio de reformas econômicas.
Falando a jornalistas depois que o conselho de administração do banco manteve taxas chaves, ele afirmou que as críticas duras na Alemanha minam o BCE e as suas tentativas de sustentar a economia, minimizando as reclamações de que juros baixos estavam pressionado os poupadores.
"Nós obedecemos a lei, e não os políticos”, disse Draghi.
Mal Draghi havia falado, a chanceler alemã, Angela Merkel, tomou o passo incomum de descrever o debate sobre as taxas de juro baixas do BCE como legítimo.
"Que existam pessoas na Alemanha que discutem o fato de que as taxas de juros têm sido muito maior é legítimo", disse ela, em um reconhecimento de que as preocupações dos poupadores eram genuínas.
(Reportagem adicional de Francesco Canepa)