Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 1º de dezembro, sobre os mercados financeiros:
1. Dólar sob pressão com obstáculos à reforma tributária
O dólar registrava negociações voláteis em torno da marca de inalterado, oscilando entre perdas e ganhos, já que tentava quebrar o que poderia ser uma sequência de três dias de quedas após o Senado dos EUA suspender a votação sobre o projeto de lei de reforma tributária até sexta-feira enquanto negociações para se obter maioria estavam emperradas.
As bolsas reagiram de forma positiva a notícias de que o Senador John McCain ofereceu apoio à legislação, com rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA atingindo a máxima de cinco semanas, mas a cautela deveria reinar nesta sexta-feira enquanto participantes do mercado aguardavam a decisão.
Os mercados têm acompanhado o progresso da reforma tributária de perto com várias grandes empresas, como Cisco Systems (NASDAQ:CSCO), Coca Cola e Pfizer (NYSE:PFE), tendo declarado que os benefícios da redução da alíquota de imposto para pessoas jurídicas serão repassados aos acionistas. Economistas estão céticos de que as mudanças terão um grande impacto na economia.
Às 09h00, o índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, subia 0,06% para 93,03.
2. Atenção a discursos do Fed e atividade industrial
Além do progresso da reforma tributária, investidores de dólar estarão muito atentos à continuação do fluxo de comentários de decisores do Federal Reserve.
James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, fará discurso sobre política monetária e economia norte-americana às 12h05 desta sexta-feira.
Robert Kaplan, chefe de Fed de Dallas, participará de uma sessão de perguntas e respostas em um simpósio às 12h30. Na quinta-feira, Kaplan manifestou sua opinião de que o Fed deveria avançar com o próximo aumento das taxas de juros em futuro próximo dadas as condições positivas no mercado de trabalho.
Patrick Harker, presidente do Fed de Filadélfia, fará discurso sobre "crescimento econômico inclusivo" na sexta-feira em um fórum às 13h15.
Também no calendário econômico desta sexta-feira, o índice da atividade dos gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) do ISM em novembro e os gastos com construção em outubro serão divulgados às 13h00.
3. Cautela deixa bolsas globais apreensivas
Bolsas globais estavam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira com o mercado futuro dos EUA apontando para uma abertura em baixa. Após o S&P fechar em máxima recorde e o Dow ultrapassar a marca dos 24.000 pontos pela primeira vez na quinta-feira, investidores passaram a adotar uma posição mais cautelosa enquanto aguardam que o Senado norte-americano avance com a reforma tributária. Às 09h02, o índice blue chip futuros do Dow recuava 98 pontos ou 0,40%.
Os futuros do S&P 500 perdiam 15 pontos, ou 0,56%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha queda de 55 pontos ou 0,87%.
Do outro lado do Atlântico, papéis do setor financeiro caíram após o adiamento da votação da reforma tributária nos EUA interromper um rali no setor, também levando referências regionais a começarem dezembro com um passo atrás. Tanto a referências Euro Stoxx 50 quanto o DAX da Alemanha caíam mais de 1% às 09h04, embora o FTSE 100 apresentasse menores perdas, em torno de 0,4%.
4. Petróleo continua maior sequência de ganhos mensais desde 2016
Preços do petróleo começavam dezembro com ganhos sólidos nesta sexta-feira acompanhando uma sequência de três meses seguidos em alta, a maior sequência do tipo desde o início de 2016.
A tendência otimista continuava após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e países externos à organização, liderados pela Rússia, atenderem às expectativas do mercado e concordarem em estender os cortes no abastecimento de março de 2018 até o final do ano que vem.
O petróleo subiu cerca de 17% desde a última vez em que os produtores realizaram uma reunião oficial em maio passado com grandes produtores de petróleo agora sem outra rodada de negociações marcada até junho.
Khalid al-Falih, ministro saudita de energia, afirmou que os estoques deverão ter redução aos níveis desejados no segundo semestre de 2018, embora ele tenha admitido que a produção de outras áreas, como a produção de shale oil nos EUA, permaneceria uma incógnita.
Dessa forma, participantes do mercado estarão atentos aos mais recentes dados da contagem semanal de sondas da Baker Hughes, que serão divulgados ainda nesta sexta-feira.
Às 09h05 desta sexta-feira, contratos futuros de petróleo dos EUA avançavam 0,66% para US$ 57,78, ao passo que o petróleo Brent subia 0,83% para US$ 63,18.
5. Atividade industrial na Europa sobe à máxima de 17 anos.
Antes do PMI industrial do ISM nos EUA, as linhas de produção da zona do euro cresceram em sua taxa mais acelerada em 17 anos em novembro. Liderado pela Alemanha, o índice principal da região atingiu 60,1 no mês passado, o segundo maior nível já registrado após abril de 2000.
A leitura do Reino Unido também mostrou o crescimento mais forte em quatro anos em novembro. O PMI industrial britânico subiu para 58,2 no mês passado, superando expectativas de uma leitura de 56,5 e reforçando o otimismo com a economia do Reino Unido.