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Investing.com – Os índices futuros das ações nos EUA operavam em alta nesta terça-feira, após uma sessão marcada por forte volatilidade no início da semana.
A incerteza quanto ao impacto e à durabilidade das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump segue como principal fator de atenção nos mercados globais.
Na Ásia, as bolsas ensaiaram recuperação moderada, enquanto a China prometeu “lutar até o fim”, caso Trump avance com a nova rodada de tarifas adicionais contra o país.
No Brasil, os investidores avaliarão os últimos dados das contas públicas.
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1. Futuros dos EUA em alta
Os futuros das bolsas norte-americanas subiam nesta manhã, após a turbulência registrada na segunda-feira. Às 8 h de Brasília, os contratos futuros do Dow Jones avançavam 735 pontos (+1,93%), os do S&P 500 subiam 79 pontos (+1,58%) e os do Nasdaq 100 ganhavam 207 pontos (+1,19%).
CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street
A reação ocorre após um boato — posteriormente desmentido — de que a Casa Branca estaria considerando suspender temporariamente o pacote tarifário. O governo logo reforçou sua posição, negando qualquer recuo. Ainda assim, os mercados conseguiram absorver o fluxo intenso de notícias e rumores.
Na véspera, o Dow Jones e o S&P 500 encerraram o dia com leves perdas, enquanto o Nasdaq Composite subiu 0,1%. A instabilidade em torno das tarifas levou o índice de volatilidade VIX a patamares não vistos desde a crise da COVID-19 em março de 2020.
Embora o movimento de recuperação tenha sido modesto, representou um alívio após a forte queda de 10% acumulada nos dois pregões anteriores.
Investidores continuam preocupados com os efeitos cumulativos das tarifas, que incluem um piso de 10% para todas as importações e alíquotas direcionadas que podem chegar a 50%. Para executivos como Jamie Dimon, CEO do JPMorgan (NYSE:JPM) Chase, os impactos podem se ampliar com o tempo e serem difíceis de reverter.
Analistas alertam que o prolongamento dessas medidas pode comprometer o crescimento econômico dos EUA. “Estamos diante de um possível ponto de inflexão, num momento em que os temores de recessão já vinham ganhando força”, avaliou Marieke Blom, economista-chefe do ING.
2. Bolsas asiáticas se recuperam
Os mercados acionários da Ásia registraram alta moderada nesta terça-feira, após as fortes perdas da véspera provocadas pela intensificação da disputa comercial global.
A valorização de ações de tecnologia nos EUA ajudou a sustentar os ganhos, assim como a atuação de compradores oportunistas após três sessões consecutivas de queda.
Apesar da recuperação, o sentimento ainda é de cautela, especialmente após Trump ter ameaçado elevar as tarifas sobre produtos chineses em resposta às medidas retaliatórias anunciadas por Pequim.
Trump afirmou que aumentará em 50% as tarifas sobre importações da China caso o governo chinês não reverta o aumento anterior sobre produtos dos EUA. Em resposta, nesta terça-feira, a China prometeu “lutar até o fim” caso Washington leve adiante a nova rodada de tarifas.
Na Europa, a Comissão Europeia propôs sua própria lista de retaliações, mirando produtos norte-americanos como soja, nozes e embutidos — mas, segundo a Reuters, a ideia de taxar uísque bourbon foi retirada da proposta mais recente. Os países membros da UE devem votar o plano na quarta-feira.
O comissário europeu de comércio, Maros Sefcovic, afirmou que a União Europeia está disposta a negociar um acordo de “tarifas zero a zero” com os EUA, buscando um compromisso mutuamente aceitável.
As bolsas europeias operavam em alta nesta terça-feira, interrompendo uma sequência de quatro sessões consecutivas de perdas.
3. Elon Musk tentou reverter tarifas, diz Washington Post
Elon Musk, homem mais rico do mundo e conselheiro próximo da Casa Branca, teria feito um apelo direto a Trump para reduzir a severidade das tarifas comerciais, segundo o Washington Post.
De acordo com o jornal, Musk apresentou pessoalmente seu argumento, mas não conseguiu convencer o presidente. A Tesla (NASDAQ:TSLA), embora fabrique todos os seus veículos vendidos nos EUA no próprio país, ainda importa componentes da China e de outros mercados afetados pelas tarifas.
Musk já havia criticado o principal assessor comercial da Casa Branca, Pete Navarro, em postagens nas redes sociais, além de defender a criação de uma zona de livre comércio entre EUA e Europa.
4. Petróleo oscila após forte correção
Os preços do petróleo operavam perto da estabilidade nesta terça-feira, após a liquidação das últimas sessões motivada pelo receio de que as tarifas impostas por Trump provoquem uma recessão global, reduzindo a demanda por petróleo bruto.
Os contratos do Brent subiam 0,1%, cotados a US$ 64,17 por barril. O WTI, por sua vez, avançava 0,05%, negociado a US$ 60,71.
CONFIRA: Cotação das principais commodities
Desde o anúncio do pacote tarifário em 2 de abril, ambos os contratos acumulam queda superior a 14%, embora tenham recuperado parte das perdas com um rali de alívio.
Enquanto isso, o índice do dólar dos EUA — que mede o desempenho da moeda frente a uma cesta de rivais — recuava levemente. O Bitcoin também subia, após atingir mínimas de cinco meses.
5. Contas públicas no Brasil
No calendário de hoje está prevista a divulgação dos números do setor público de fevereiro, após o país registrar um superávit primário recorde de R$ 104,1 bilhões em janeiro, graças a uma sazonalidade positiva e ao aumento da arrecadação, com destaque para o governo central.
Ontem, as ações da Petrobras (BVMF:PETR4) fecharam em queda, após rumores divulgados pela imprensa indicarem que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria solicitado à companhia, nos bastidores, uma nova redução nos preços dos combustíveis, em meio à queda recente do petróleo no mercado internacional.
A notícia gerou receios entre investidores sobre uma possível interferência política na definição dos preços da estatal, que já vinha sendo pressionada pelos impactos do pacote tarifário global anunciado por Trump. No total, a petroleira perdeu R$ 23,1 bilhões em valor de mercado no pregão.
Apesar da especulação, a presidente da companhia, Magda Chambriard, afirmou que a empresa não pretende alterar os preços, enquanto perdurar o atual cenário de instabilidade internacional, reforçando que não irá “internalizar a ansiedade” do ambiente geopolítico.
Ela declarou ainda que só haveria revisão em caso de queda brusca no petróleo ou no câmbio, o que, por ora, não ocorreu, já que o dólar segue em alta, fechando acima de R$ 5,90 ontem.
Embora os preços internos estejam cerca de 5% acima da paridade internacional, analistas apontam que a volatilidade do Brent e o câmbio desfavorável tornam difícil uma mudança imediata.
Ainda assim, o histórico de relação entre governo e estatal e a defasagem pontual nos preços mantêm o mercado em alerta para possíveis revisões.
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