Megaoperação policial dá ao governo argumento para retomar aperto a fintechs que gerou crise do Pix
Por Marc Jones
LONDRES (Reuters) - O novo chefe do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) usou seu primeiro discurso de destaque para enfatizar a necessidade de os bancos centrais se concentrarem na inflação e de protegerem sua independência em relação aos políticos.
A incerteza em torno da autoridade monetária mais importante do mundo, o Federal Reserve, tem crescido neste ano, uma vez que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem criticado repetidamente o chair Jerome Powell e, na segunda-feira, anunciou que estava demitindo uma de suas diretoras, Lisa Cook.
"Um mandato claro de estabilidade de preços, independência e responsabilidade são a âncora, o casco e o mastro da embarcação da política monetária", disse Pablo Hernández de Cos, que em julho assumiu o cargo de gerente-geral do BIS, muitas vezes apelidado de "o banco central dos bancos centrais".
Ele não abordou diretamente as ações de Trump, mas expôs o que descreveu como os "fundamentos" da credibilidade de um banco central.
A independência é vital para que os bancos centrais possam definir as taxas de juros e usar ferramentas como o afrouxamento quantitativo, "com base em considerações econômicas de interesse público de longo prazo, livres de interferência política de curto prazo", disse o ex-presidente do banco central da Espanha.