Garanta 40% de desconto
💰 Tenha ideias profissionais de carteiras de investidores superbilionários no InvestingProCopiar carteira

Operadores de portos do Brasil buscam menores tarifas no Canal do Panamá

Publicado 02.04.2019, 16:57
© Reuters. Vista aérea de parte do Canal do Panamá
KC
-
SB
-
OJ
-
LCc1
-
ZS
-
SUZB3
-

Por Ana Mano

SÃO PAULO (Reuters) - Os operadores portuários brasileiros, incluindo unidades das tradings globais de grãos Cargill e Bunge, irão revelar nesta semana uma proposta para reduzir as tarifas do Canal do Panamá e cortar seus custos de transporte de commodities agrícolas para a China, seu principal mercado.

Eles argumentarão que, sob as atuais tarifas, embarcar grãos dos portos do Norte do Brasil via Cabo da Boa Esperança é quase 206 mil dólares mais barato, em uma base por navio, do que utilizar o Canal, apesar da distância mais curta.

Em um estudo a ser apresentado em uma conferência na Cidade do Panamá na quinta-feira, a associação de operadores privados de portos ATP irá propor a utilização da capacidade ociosa do antigo Canal do Panamá, em vez das enormes e congestionadas novas eclusas, abertas em 2016 para navios da Panamax.

Isso potencialmente cortaria os custos de transporte e encurtaria os tempos de viagem em 4 a 5 dias entre o Brasil, maior fornecedor mundial de soja, e os mercados de China e outros países asiáticos, de acordo com a ATP, da qual Cargill, Bunge, a operadora de grãos brasileira Amaggi e a produtora de celulose e papel Suzano (SA:SUZB3) são membros.

Os operadores esperam que sua proposta abra caminho para negociações entre Brasil e Panamá para que seja encontrada uma forma de reduzir as tarifas.

"É um bom negócio para os dois lados, pois hoje o Panamá deixa de receber grande parte dos navios de grãos brasileiros com destino à China por conta da inexistência de um acordo tarifário", disse Luciana Guerise, diretora-executiva da ATP, em comunicado enviado à Reuters.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

A ATP disse que a proposta deve ser feita pelo Ministério da Agricultura do Brasil ao Ministério de Relações Exteriores do país, que seria responsável por negociar os termos com as autoridades panamenhas.

Nenhum dos ministérios possuía um comentário imediato.

A iniciativa marca um novo passo no desenvolvimento de novas rotas de comércio para o Brasil, maior exportador mundial de produtos agrícolas como soja, açúcar, café, tabaco, suco de laranja, carne bovina e frango.

Um passo inicial nessa direção foi dado em março do ano passado, quando a Aprosoja, associação de produtores de grãos de Mato Grosso, assinou um acordo de cooperação com a Autoridade do Canal do Panamá.

"Acreditamos que podemos capturar parte dos grãos que deixam Mato Grosso e chegam ao Norte do Brasil", disse à época Jorge Quijano, presidente executivo do Canal. "O Canal do Panamá seria uma opção para o produto chegar à Ásia, especialmente à China."

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.