Investing.com - Nesta semana, os participantes do mercado estarão prestando atenção aos principais dados econômicos oriundos da China, com foco no relatório do primeiro trimestre sobre o PIB na sexta-feira.
A ata da reunião de quinta-feira do Banco da Inglaterra sobre a política monetária também estará em foco, em meio a maiores expectativas de que o banco central intensificará o estímulo monetário para neutralizar o choque econômico negativo decorrente da votação do Brexit.
Nos EUA, os investidores aguardam dados sobre as vendas no varejo e a inflação para avaliar se a maior economia do mundo está forte o suficiente para resistir aos novos aumentos das taxas em 2016.
Esta semana também marca o início da temporada de resultados do segundo trimestre nos EUA.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista dos cinco maiores eventos do calendário econômico que devem afetar os mercados.
1. PIB do segundo trimestre da China
A China deve divulgar dados sobre o produto interno bruto do segundo trimestre às 02h GMT na sexta-feira, ou 22h ET na quinta-feira. Espera-se que o relatório mostre que a segunda maior economia do mundo tenha crescido 6,6% nos primeiros três meses encerrados em junho, abaixo dos 6,7% do trimestre anterior, o que foi o ritmo mais lento em um trimestre em um século.
O país asiático também deve publicar os dados de junho sobre a produção industrial, investimentos em ativos fixos e vendas no varejo junto com o relatório do PIB.
Além disso, a China é deve publicar os resultados do comércio na quarta-feira. A nação asiática publicou dados de inflação mais fracos do que o esperado durante o fim de semana, reforçando visões de que serão necessárias medidas de estímulo adicionais por parte do governo para apoiar a economia.
2. Decisão do Banco da Inglaterra sobre taxas
O Banco da Inglaterra (BoE) divulgará sua decisão sobre taxas e as atas da sua reunião do Comitê de Política Monetária às 11h GMT, ou 07h ET, na quinta-feira.
As expectativas para mais flexibilização aumentaram após o presidente do BoE, Mark Carney, sugeriu recentemente que cortes da taxa de juros e um estímulo adicional provavelmente serão necessários neste trimestre para compensar o impacto sobre a economia decorrente da decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia.
A pesquisa da Reuters pesquisa publicada na semana passada mostrou que 17 de 52 economistas consultados previram um corte para 0,25%, dos atuais 0,5%, ao passo que outros dois disserem que as taxas serão cortadas em zero. Os dois terços restantes disseram que a taxa seria mantida estável em 0,5%, com os legisladores mais propensos a esperar até agosto para tomar qualquer medida.
Perguntados de uma forma mais geral sobre como BoE poderia reagir ao Brexit, a maioria dos economistas que responderam à pergunta pensou em uma possibilidade de uma combinação de taxas mais baixas e novas compras de ativos.
3. Relatório de vendas no varejo dos EUA para junho
O Departamento de Comércio publicará dados sobre vendas no varejo referentes ao mês de junho, às 12h30 GMT, ou 08h30 ET, na sexta-feira. A projeção de consenso é que o relatório mostre que as vendas no varejo subiram 0,1% no mês passado, após ter avançado 0,5% em maio. O núcleo de vendas deve aumentar 0,4%, após ter ganhado 0,4% no mês anterior.
Aumento das vendas de varejo ao longo do tempo se correlaciona com crescimento econômico mais forte, ao passo que vendas mais fracas sinalizam uma economia em recessão. Os gastos dos consumidores respondem por quase 70% do crescimento econômico dos EUA.
4. Dados de inflação dos EUA para junho
O Departamento de Comércio publicará dados de inflação referentes aos mês de junho às 12h30 GMT, ou 8h30 ET, na sexta-feira. Os analistas do mercado esperam que os preços ao consumidor aumentem 0,2%, ao passo que a inflação do núcleo deve aumentar 0,02%.
Em uma base anual, o núcleo do IPC está projetado para subir 2,3%. Os preços do núcleo são vistos pelo Fed como um indicador importante da pressão inflacionária de longo prazo porque excluem as categorias voláteis de alimentos e energia. O banco central geralmente tenta atingir uma inflação de 2% ou menos.
O aumento da inflação seria um catalisador para pressionar o aumento das taxas de juros por parte do Fed.
5. Começa temporada de resultados do segundo trimestre nos EUA
O foco em Wall Street mudarpa para os lucros das empresas na próxima semana, após fortes relatórios sobre empregos em junho divulgados na sexta-feira terem dados aos investidores a confiança de que a economia dos EUA estava estável e deixado o S&P 500 perto de uma nova alta histórica.
Na próxima semana, ganhos são esperados de grandes bancos como o JPMorgan Chase (NYSE:JPM), Citigroup (NYSE:C) and Wells Fargo (NYSE:WFC), bem como outras empresas financeiras, tais como BlackRock Inc (NYSE:BLK) and PNC Financial Services (NYSE:PNC).
Os ganhos para o setor financeiro devem cair 5,4% no segundo trimestre. O setor financeiro apresentou o pior desempenho dos 10 principais grupos do setor do S&P neste ano, uma queda de quase 6%, uma vez que ele foi impactado por expectativas menores para um aumento das taxas de juros por parte do Banco Central dos EUA (Fed) e por incertezas na sequência da votação para a saída do Reino Unido da União Europeia, ou "Brexit."
Outros ganhos notáveis esperados na próxima semana incluem Alcoa (NYSE:AA), Yum! Brands (NYSE:YUM), Delta Air Lines (NYSE:DAL) e CSX Corp (NASDAQ:CSX).
Os lucros do segundo trimestre devem diminuir 4,7%, o quarto trimestre consecutivo de resultados negativos.
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