Investing.com - O Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) se reúne novamente na próxima semana. Para o Itaú (SA:ITUB4), o impacto da greve dos caminhoneiros no setor de cargas está se diluindo e parece que não vai afetar a decisão do colegiado sobre a Selic.
O banco cita números recentes da inflação de junho e julho, que tiveram avanços devido à paralisação, com o IPCA de junho indo a 1,26% em junho, dentro do que o mercado esperava. Dessa forma, o índice acumula ganhos de 2,60% no primeiro semestre e de 4,39% no semestre. O IPCA-15 de julho ficou em 0,64%, abaixo da mediana das expectativas.
De um modo geral, o banco espera que a inflação permaneça próxima da meta de 4,5% nos próximos meses, com declínio ao longo do quarto trimestre. Quanto às medidas de inflação subjacentes, a previsão é de um aumento no segundo semestre do ano, mas ainda dentro de níveis bem-comportados e alinhados com a trajetória das metas.
Em um cenário de mais incertezas, o comunicado do Copom deverá ser amplo e cauteloso, uma vez que nas reuniões de fevereiro e março o comitê indicou claramente que iria reduzir os juros para 6,25%, o que acabou sendo modificado.
Diante disso, a expectativa do Itaú é que a taxa Selic deverá permanecer em 6,5% até o final do ano, mesmo com a pressão cambial.