SÃO PAULO (Reuters) - As vendas reais do comércio varejista brasileiro recuaram 2,8 por cento em agosto contra o mesmo mês do ano passado, após dois meses seguidos de ganhos impulsionados pelo efeito calendário, mostrou o Índice Cielo (SA:CIEL3) do Varejo Ampliado (ICVA) da empresa de meios de pagamentos eletrônicos Cielo, divulgado nesta terça-feira.
Em julho e junho, as vendas subiram 0,1 e 1,9 por cento, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2014, devido à base de comparação fraca, uma vez que feriados e pontos facultativos durante a Copa do Mundo no ano passado prejudicaram as vendas.
Já em agosto deste ano, o calendário acabou desvaforecendo o resultado. No mês passado, houve uma segunda-feira a mais e uma sexta-feira a menos que no mesmo mês de 2014 -- as sextas-feiras costumam ter maior receita de vendas que as segundas. Sem esse impacto, o varejo teria registrado recuo de 2,3 por cento em agosto.
"Em julho, também sem os efeitos de calendário, o crescimento seria de -1,1 por cento, na mesma base de comparação. Os números indicam, portanto, desaceleração do varejo ampliado de julho para agosto", disse a empresa de meios de pagamento.
Na comparação com julho, quase todos os setores do varejo desaceleraram em agosto, mas as lojas de departamento e supermercados e hipermercados apresentaram recuperação, embora com crescimento real próximo de zero.
O Nordeste foi a única região que não teve retração nas vendas, mas também teve crescimento real próximo do zero, de 0,1 por cento.
(Por Priscila Jordão)