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Petrobras avalia mais uma plataforma em Búzios, com foco em gás, dizem fontes

Publicado 14.08.2024, 10:54
© Reuters. P-66 instalada na Bacia de Santosn5/09/2018nREUTERS/Pilar Olivares
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Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (BVMF:PETR4) iniciou estudos para a implantação de uma nova plataforma em Búzios, o que seria a 12ª unidade do tipo FPSO no mega campo do pré-sal situado na Bacia de Santos, disseram três fontes com conhecimento do assunto à Reuters.

A plataforma, cujo custo poderia envolver bilhões de dólares, criaria ainda um novo "hub" de gás do pré-sal, em momento em que o Brasil lida para aumentar a oferta do combustível, segundo as fontes, que falaram na condição de anonimato.

"Vai ter a 12ª unidade, os estudos já estão em curso", disse uma das fontes, evitando falar sobre os montantes necessários para o projeto.

Cada plataforma de Búzios teve custo médio estimado em 3,5 bilhões de dólares, segundo uma das fontes.

"Essa plataforma é para ampliar a produção de gás em Búzios. A ideia é ter plataforma de tratamento de gás para Búzios", adicionou a fonte.

Búzios, já é o segundo campo de produção do Brasil, ainda atrás de Tupi, produziu 874,8 mil barris de óleo equivalente ao dia (boed) em junho, de um total de 4,35 milhões de boed produzidos no país, de acordo com dados da reguladora ANP.

Mas as plataformas de Búzios foram concebidas, segundo as fontes, com foco maior na reinjeção do gás do pré-sal. Do total de Búzios, cerca de 690 mil barris/dia foram de petróleo em junho.

A 12ª unidade em Búzios, onde a Petrobras é operadora com 89% de participação e tem as parceiras chinesas CNOOC e CNODC com fatias minoritárias, serviria para produção de gás, além de tratar o produto produzido a partir das outras FPSOs.

Uma nova FPSO -- do inglês, unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência -- otimizaria a produção no pré-sal após a Petrobras ter sofrido pressões para reinjetar menos gás nos poços.

Essa estratégia que potencializa a produção de petróleo, em detrimento da de gás, já foi criticada anteriormente pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

A produção do pré-sal no Brasil também sofre com déficit de infraestrutura de escoamento do gás, o que não deixa outra alternativa a não ser a reinjeção de determinados volumes, algo que deve ser minimizado com a entrada em operação do gasoduto Rota 3, neste terceiro trimestre.

O projeto Búzios prevê, até o momento, 11 unidades para o campo que detém as maiores reservas de óleo e gás em águas profundas do mundo, segundo especialistas, mas tem a produção concentrada mais em óleo do que em gás.

"Ela seria uma plataforma para ser um hub, um cluster. É uma oportunidade para melhorar a qualidade do gás de Búzios, usar mais gás, tratar e melhorar a qualidade de gás para ser trazido para o rota 3 da Petrobras", explicou a fonte.

Búzios já representa algo próximo de 20% da produção nacional de petróleo e gás, mas vai ampliar o bombeamento na medida que novas unidades produtivas sejam agregadas, tornando-se então o maior campo do país.

O campo opera atualmente com cinco plataformas, todas do tipo FPSO: P-74, P-75, P-76, P-77 e Almirante Barroso, que entrou em produção no ano passado.

Além das cinco unidades já em operação em Búzios, o atual Plano Estratégico da Petrobras prevê mais seis unidades.

Com unidades previstas até o momento, a Petrobras prevê produção na casa dos 2 milhões de barris de óleo por dia até 2030, segundo comunicado divulgado em abril, quando Búzios alcançou produção acumulada de 1 bilhão de barris.

Uma 12º FPSO idealizada elevaria em ao menos 150 mil (boed) a capacidade, segundo uma das fontes.

Procurada, a Petrobras não comentou o assunto imediatamente.

© Reuters. P-66 instalada na Bacia de Santos
5/09/2018
REUTERS/Pilar Olivares

"Em breve, a Petrobras vai chegar à marca 800 mil barris/dia em Búzios; e a marca de 1 milhão certamente será alcançada em 2026", disse a fonte.

"Búzios será a grande estrela da Petrobras e vai superar Tupi já em 2025. Um está em trajetória de alta e o outro em declínio", explicou, referindo-se ao declínio natural e esperado de Tupi nos próximos anos.

 

(Por Rodrigo Viga Gaier)

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