Trump eleva tarifa do Brasil para 50%, mas isenta setores importantes do aumento
Por Nicole Jao
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo subiram mais de 3% nesta terça-feira, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentando a pressão sobre a Rússia por causa de sua guerra na Ucrânia e com um otimismo de que a guerra comercial entre os EUA e seus principais parceiros comerciais estaria diminuindo.
Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam com alta de US$2,47, ou 3,53%, a US$72,51 por barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA avançou US$2,50, ou 3,75%, a US$69,21. Ambos os contratos atingiram o valor mais alto desde 20 de junho.
Nesta terça-feira, Trump disse que começaria a impor tarifas e outras medidas à Rússia "10 dias a partir de hoje" se Moscou não fizesse progressos para acabar com a guerra na Ucrânia.
"Nós aumentamos o ritmo. Temos um prazo rígido de 10 dias", disse Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group. "E há uma sugestão de que outros países se juntarão a nós."
Também nesta terça-feira, o secretário do Treasury dos EUA, Scott Bessent, disse que havia informado às autoridades chinesas que, dada a legislação tarifária secundária dos EUA sobre o petróleo russo sancionado, a China poderia enfrentar altas tarifas se Pequim continuasse comprando petróleo russo.
Bessent estava falando após dois dias de negociações bilaterais com o objetivo de resolver disputas econômicas de longa data e se afastar de uma guerra comercial crescente entre as duas maiores economias do mundo.
Também apoiando os preços do petróleo, o acordo comercial entre os EUA e a União Europeia, embora imponha uma tarifa de importação de 15% sobre a maioria dos produtos da UE, evitou uma guerra comercial total entre os dois principais aliados, que teria se espalhado por quase um terço do comércio global e diminuído as perspectivas de demanda de combustível.
(Reportagem adicional de Ahmad Ghaddar em Londres, Anjana Anil em Bengaluru e Emily Chow em Cingapura)