A Pacific Investment Management Co. (PIMCO), uma das principais empresas de investimento em títulos, levantou preocupações sobre o potencial impacto das políticas fiscal e comercial dos EUA nos títulos do governo. A empresa, que supervisiona 1,9 trilhões de dólares em ativos, indicou que o aumento dos déficits orçamentários dos EUA e as políticas comerciais inflacionárias após a eleição presidencial de 5 de novembro poderiam pressionar os títulos do governo americano. Isso ocorre apesar dos benefícios atuais de um banco central em modo de flexibilização.
Os analistas da PIMCO expressaram preferência por títulos de duração intermediária, como os títulos do Tesouro de cinco anos. Espera-se que estes se valorizem devido às taxas de juros mais baixas previstas. No entanto, a perspectiva para títulos de longa duração é menos certa devido aos potenciais efeitos negativos das políticas fiscal e comercial dos EUA.
De acordo com a PIMCO, altos déficits governamentais poderiam levar a rendimentos de longo prazo mais elevados ao longo do tempo. Essa afirmação é apoiada por uma análise do Committee for a Responsible Federal Budget. O think tank estimou que os planos de impostos e gastos do candidato presidencial republicano Donald Trump poderiam adicionar 7,5 trilhões de dólares aos déficits dos EUA na próxima década, enquanto os planos da Vice-Presidente Kamala Harris poderiam adicionar quase metade desse valor.
A PIMCO declarou que "os déficits dos EUA serão os maiores perdedores, independentemente de qual partido vencer", sugerindo que a alta dívida do governo provavelmente causará um aumento na curva de rendimentos dos EUA. Esse aumento ocorre quando os títulos de longo prazo têm desempenho inferior em comparação com os de curto prazo.
Além disso, a PIMCO alertou que as políticas comerciais, particularmente as tarifas mais altas sobre importações esperadas em um segundo mandato do ex-presidente Donald Trump, poderiam ser inflacionárias e afetar negativamente o crescimento econômico.
Tais políticas poderiam perturbar o comércio global e complicar os esforços do banco central dos EUA para manter a inflação em sua meta de 2%. A PIMCO observou que "os formuladores de política monetária terão que estar atentos ao fato de que riscos de inflação mais altos no curto prazo podem elevar as expectativas de inflação, apesar dos riscos de queda para o crescimento à medida que as rendas reais caem".
A análise da empresa sugere que o mercado de títulos pode enfrentar desafios após os resultados da próxima eleição, com as políticas fiscal e comercial sendo fatores-chave na determinação da trajetória dos rendimentos dos títulos e do desempenho de diferentes durações de títulos.
A Reuters contribuiu para este artigo.
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