Por que a China foi alvo do governo Trump?

Publicado 19.04.2025, 05:30
© Reuters.

Investing.com — Ainda está por se ver qual direção a política tarifária dos EUA tomará, mas o governo Trump deixou claro que a China é o principal alvo de sua guerra comercial.

Embora as isenções tarifárias em certos produtos eletrônicos tenham reduzido ligeiramente a taxa média sobre importações chinesas, ela ainda permanece acima de 100%, em comparação com apenas 12,5% no início do ano.

De acordo com a Capital Economics, o impacto imediato será o aumento de custos para os consumidores americanos, mas se esses níveis persistirem, poderiam "reduzir drasticamente o comércio entre as duas maiores economias do mundo".

As razões vão além das queixas econômicas. Embora o grande superávit comercial bilateral da China e sua retaliação agressiva às tarifas americanas anteriores tenham contribuído para a escalada, a Capital Economics afirma que isso faz parte de "uma rivalidade crescente entre superpotências que colocou Washington e Pequim em rota de colisão".

Esta rivalidade se desenrola em um contexto mais amplo de fragmentação econômica global. O mundo está cada vez mais se dividindo em dois blocos centrados nos EUA e na China, e isso está remodelando cadeias de suprimentos, relações comerciais e fluxos de investimento.

"Isso não resultará necessariamente em menos comércio transfronteiriço – mas afetará a direção dos fluxos comerciais", disse a empresa independente de pesquisa econômica em um relatório, citando a mudança da Apple (NASDAQ:AAPL) para obter mais iPhones para o mercado americano da Índia como um sinal desse realinhamento.

"O resultado provavelmente será uma maior fragmentação das cadeias de suprimentos globais, com alguns elementos configurados para atender ao mercado americano e outros configurados para atender à China", acrescentou.

Pequim, por sua vez, respondeu aproveitando seu domínio sobre minerais de terras raras, restringindo exportações para os EUA como parte de sua resistência. Este controle sobre recursos críticos, especialmente em países alinhados com a China, como os da África e América Latina, poderia inflamar ainda mais as tensões na cadeia de suprimentos e aumentar a volatilidade de preços global.

Os fluxos de capital também estão se tornando cada vez mais politizados. Os EUA começaram a favorecer investimentos de aliados enquanto restringem o capital chinês.

O chamado ’Memorando de Investimento América Primeiro’ "explicitamente pediu maior investimento de aliados dos EUA junto com restrições ao investimento da China", diz o relatório.

Embora a política americana seja frequentemente dividida, a postura em relação à China tornou-se bipartidária. A Capital Economics observa que "legisladores de ambos os lados do espectro político estão unidos quanto à necessidade de enfrentar a China".

E com Pequim se vendo como um contrapeso à hegemonia americana, essa dinâmica dificilmente mudará, independentemente de quem ocupe a presidência.

O caminho à frente permanece incerto, observa a Capital Economics. Um risco é que os EUA possam alienar aliados, o que prejudicaria uma de suas principais vantagens estratégicas. Outra preocupação mais séria é a possibilidade de conflito se a rivalidade se intensificar ainda mais.

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