Braskem e Unipar confirmam negociação sobre ativos e ações disparam
LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros de café arábica na bolsa ICE caíam nesta quarta-feira, com os traders avaliando as possíveis consequências da recém-imposta tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre as importações do Brasil.
Os Estados Unidos, o maior importador de café do mundo, impuseram uma tarifa sobre as importações do Brasil, o maior exportador global, congelando o comércio entre os dois países.
"Neste momento, você tem que pagar a tarifa e, quem sabe, amanhã não haverá tarifa. Por que levá-lo para lá (para os EUA) agora? Portanto, o mercado está congelado", disse um trader.
Os preços do café arábica caíram 5,3 centavos, ou 1,8%, fechando a US$2,934 por libra-peso, depois de subirem cerca de 5% nas duas primeiras sessões desta semana.
As tarifas dos EUA são vistas como favoráveis aos preços no curto prazo, já que os comerciantes se esforçam para redirecionar os fluxos comerciais e colocar as mãos nos estoques.
O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, disse na quarta-feira que fará uma ligação na próxima semana com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, em uma tentativa de normalizar as relações com Washington.
"Será na quarta-feira e, dependendo do andamento das conversas, poderá haver uma reunião presencial", disse ele aos repórteres.
Espera-se que o Brasil aumente as exportações para a China e para a União Europeia para ajudar a compensar, pelo menos parcialmente, a perda de vendas para os Estados Unidos, que podem precisar buscar suprimentos adicionais da América Central e da África.
As exportações de café verde do Brasil recuaram 20% em julho, para 2,68 milhões de sacas, segundo dados do governo.
O café robusta recuou 0,6% para US$3.340 a tonelada métrica.
O forte ritmo das exportações do Vietnã, maior produtor de robusta, ajudou a manter o mercado bem abastecido.
Os preços do açúcar diminuíram 0,08 centavo, ou 0,5%, para 16,01 centavos de dólar por libra-peso.
(Reportagem de Nigel Hunt)