Por Karl Plume
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros da soja nos Estados Unidos caíram nesta segunda-feira devido ao clima favorável na América do Sul, às previsões de uma safra brasileira recorde e às preocupações contínuas com a abordagem agressiva do novo governo Trump em relação ao comércio com a China, principal importador da oleaginosa.
Os futuros do milho também caíram com o clima na América do Sul e pela leve pressão da soja, enquanto o trigo ficou mais baixo em sua maioria em meio à ampla oferta global.
Um dólar americano mais firme ancorou os mercados de grãos em geral, já que um dólar mais forte torna as commodities denominadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.
O contrato janeiro da soja negociado na bolsa de Chicago recuou 4,25 centavos, fechando a 9,8525 dólares o bushel.
O milho março teve leve baixa para 4,3250 o bushel, enquanto o março do trigo recuou 0,75 centavo, a 5,4725 dólares o bushel.
Os futuros da soja foram pressionados pelos abundantes suprimentos dos EUA e pelas previsões atualizadas da safra brasileira, sugerindo que a próxima colheita no país quebrará os recordes anteriores.
Na quinta-feira, a Agroconsult do Brasil elevou sua perspectiva de colheita para 172,2 milhões de toneladas métricas, quase 10 milhões de toneladas acima do recorde da temporada 2022/23. As consultorias de agronegócio Céleres e StoneX também elevaram suas estimativas de safra para novos recordes nesta segunda-feira.
"Não há escassez de grãos nos EUA ou na América do Sul, com uma safra chegando até nós", disse Don Roose, presidente da U.S. Commodities.
Os traders ignoraram outro anúncio do Departamento de Agricultura dos EUA sobre as vendas de soja para a China na segunda-feira, o último de uma série de compras pelo principal importador.
(Por Karl Plume)