Por Karl Plume
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros de soja dos Estados Unidos caíram nesta quarta-feira devido ao clima favorável para as safras na América do Sul e às preocupações sobre a abordagem agressiva do novo governo Trump em relação ao comércio com a China, seu maior importador.
Os futuros do trigo caíram para mínimas contratuais devido à fraca demanda por suprimentos dos EUA antes de terminarem mistos devido a preocupações com as más condições da safra no principal exportador, a Rússia. Os futuros do milho recuaram.
O declínio na soja ancorou os grãos em geral, já que o plantio no Brasil estava quase completo e vários analistas privados aumentaram suas previsões de colheita de soja para o maior fornecedor mundial na semana passada.
"As pessoas estão prestando mais atenção ao clima na América do Sul e estão descobrindo que a situação está boa, então está ficando cada vez mais difícil reativar o mercado", disse Jack Scoville, vice-presidente do Price Futures Group.
A demanda global de exportação também está mudando da soja dos EUA para a brasileira, cujo preço caiu nos últimos dias, de acordo com operadores.
Enquanto isso, preocupações sobre a futura demanda chinesa por soja dos EUA pesaram no mercado, especialmente em relação aos contratos de novas safras, em meio às crescentes tensões comerciais.
O contrato janeiro da soja na bolsa de Chicago caiu 8 centavos para 9,8375 dólares o bushel, enquanto os contratos futuros de setembro de 2025 a novembro de 2026 atingiram novas mínimas contratuais.
Os futuros de milho de março caíram 2,25 centavos, a 4,30 dólares o bushel.
O março do trigo da CBOT subiu 0,75 centavos a 5,4825 dólares o bushel após cair para uma mínima contratual de 5,4025 dólares. Todos os outros contratos, exceto o spot de dezembro, também registraram novas baixas.
O trigo se recuperou de mínimas anteriores devido a preocupações com as safras nas principais áreas de produção global.
(Reportagem adicional de Naveen Thukral em Cingapura e Sybille de La Hamaide em Paris)