Por P.J. Huffstutter
CHICAGO (Reuters) - Os futuros do trigo na bolsa de Chicago subiram nesta terça-feira, em meio às crescentes tensões geopolíticas e aos sinais de redução da oferta do Mar Negro, segundo analistas de mercado.
Os futuros de milho atingiram novas máximas em três meses, apoiados pelo trigo, enquanto os preços do petróleo dispararam nesta terça-feira após militares israelenses anunciarem que mísseis foram lançados do Irã contra Israel, e o novo chefe da Otan, Mark Rutte, expressar forte apoio à Ucrânia.
Esse aumento nos preços da energia, juntamente com os impactos da seca em regiões importantes de cultivo de trigo, ajudou a neutralizar os potenciais impactos no mercado de grãos das notícias sobre a greve dos trabalhadores portuários da Costa Leste e da Costa do Golfo dos Estados Unidos nesta terça-feira, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics.
O contrato de trigo mais ativo da CBOT subiu 15 centavos de dólar, a 5,99 dólares por bushel, após ter atingido 6,025 dólares por bushel, seu maior patamar desde 17 de junho.
O milho da CBOT fechou em alta de 4,25 centavos de dólar, a 4,29 dólares por bushel, após ter alcançado 4,3275 dólares por bushel, o maior preço desde 28 de junho. A soja avançou 0,25 centavo, a 10,5725 dólares o bushel.
Além das tensões geopolíticas, os futuros de trigo ganharam apoio com a notícia de que os preços de exportação do trigo na Rússia subiram na semana passada, mesmo com o ritmo das remessas acelerando, em meio a sinais de que a safra da Ucrânia seria menor do que o esperado.
"As consequências da seca no Mar Negro parecem finalmente estar se manifestando", disse Zuzolo.
(Por P.J. Huffstutter; reportagem adicional de Peter Hobson e Sybille de La Hamaide)