Trump consegue tarifas; os norte-americanos recebem aumentos de preços
BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia e os Estados Unidos podem chegar à estrutura de um acordo comercial neste fim de semana, colocando fim a meses de incerteza para a indústria da Europa, disseram autoridades e diplomatas do bloco nesta sexta-feira.
O acordo provavelmente incluirá uma tarifa básica de 15% sobre todos os produtos da UE que entram nos EUA e uma tarifa de 50% sobre o aço e o alumínio europeus, disseram as autoridades e os diplomatas.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que há 50% de chance, ou talvez menos, de Washington chegar a um acordo comercial com a UE, afirmando que Bruxelas quer "muito fazer um acordo".
Uma das fontes disse que um entendimento no fim de semana parecia provável, já que o "acordo está basicamente nas mãos de Trump agora".
Uma fonte familiarizada com as negociações disse que há uma "boa chance" de que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se encontre com Trump na Escócia no fim de semana.
Um porta-voz da Comissão não respondeu a vários pedidos de comentários sobre uma possível reunião.
Trump visitará seu campo de golfe na costa oeste da Escócia e deve se encontrar com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na segunda-feira.
Combinando bens, serviços e investimentos, a UE e os EUA são, de longe, os maiores parceiros comerciais um do outro. A Câmara de Comércio norte-americana para a UE alertou em março que qualquer conflito colocaria em risco US$9,5 trilhões em negócios na relação comercial mais importante do mundo.
A UE está enfrentando tarifas dos EUA sobre mais de 70% de suas exportações - 50% sobre aço e alumínio, 25% sobre carros e peças automotivas e uma taxa de 10% sobre a maioria dos outros produtos da UE, que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que aumentará para 30% em 1º de agosto.
Outras tarifas sobre cobre e produtos farmacêuticos estão se aproximando.
A UE preparou contramedidas que podem entrar em vigor em 7 de agosto, caso as negociações fracassem.
(Reportagem de Julia Payne e Jan Strupczewski)