Vendas aceleradas de café do Brasil ajudam a pressionar o mercado, diz diretor da Eisa

Publicado 03.07.2025, 13:55
Atualizado 03.07.2025, 14:00
© Reuters. FILE PHOTO: Volunteer Sergio Shigeeda works with coffee berries at the Biological Institute in Sao Paulo, Brazil May 8, 2021. Picture taken May 8, 2021. REUTERS/Amanda Perobelli

Por Roberto Samora

CAMPINAS (Reuters) - A colheita de uma safra de café "muito boa" no Brasil e vendas aceleradas por produtores, em momento de menor demanda sazonal nos países do Hemisfério Norte, colaboraram para pressionar os preços futuros da commodity no mercado global, avaliou o diretor comercial da Eisa, Carlos Alberto Santana, nesta quinta-feira.

O preço do café arábica negociado na bolsa ICE passou de um recorde de pouco mais de US$4/libra-peso, em fevereiro, para pouco menos de US$3 atualmente, com o Brasil tendo colhido cerca de um terço de sua safra nas principais regiões produtoras.

A safra "está vindo muito boa, muito boa. Acho que com destaque para o conilon, talvez um pouquinho melhor do que nós imaginávamos, um pouco mais de produção", afirmou o executivo da Eisa, uma subsidiária do grupo Ecom, uma das maiores tradings do mercado global de café.

Embora a safra de arábica do Brasil tenha ficado abaixo potencial em 2025/26, ela tem vindo melhor do que indicaram anteriormente as projeções mais pessimistas. Já a colheita de canéforas (robusta/conilon) deve ter crescimento importante. O executivo não revelou suas estimativas.

A jornalistas, durante o Coffee Dinner & Summit, promovido pelo conselho de exportadores brasileiros Cecafé, ele disse que o cafeicultor do Brasil, maior produtor e exportador global, "está bastante focado no pós-colheita" e "comercializando muito rápido".

"Então isso também criou essa situação no mercado, onde você tem o maior produtor do mundo querendo vender num fluxo mais acelerado do que o normal", afirmou.

Santana lembrou, ainda, que isso acontece em momento de menor demanda sazonal nos principais países importadores, que estão no verão do Hemisfério Norte.

"Então isso criou essa situação onde há uma rápida queda no mercado."

Santana destacou que a qualidade do arábica colhido está boa.

"O ano passado a gente teve um problema com o percentual da peneira. Esse problema não está mais lá, voltou à normalidade, com 35% do colhido (com peneira) de 17 e 18, que é o histórico do ponto de vista de qualidade", comentou.

 

(Por Roberto Samora)

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