Por Marcela Ayres
BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira ser "evidente" que a vacinação para todos os brasileiros é um investimento que o governo tem que fazer, ao mesmo tempo em que indicou que o governo poderá agir com medidas no caso de uma eventual segunda onda de Covid-19, embora ainda não haja clareza quanto a essa necessidade.
Em coletiva de imprensa, o ministro destacou que um mês do auxílio emergencial custa 55 bilhões de reais, ao passo que a vacinação de toda a população foi estimada em 20 bilhões de reais.
Guedes indicou que esses recursos --que foram objeto de medida provisória recente-- foram incorporados no Orçamento do ano que vem.
"Na verdade são créditos extraordinários que não entram nem no teto", disse.
Questionado se tomaria a vacina, Guedes afirmou ter direito à privacidade na resposta, mas pontuou que se duas sociedades que considera extraordinariamente avançadas estão tomando determinada vacina, ele consideraria o imunizante "interessante".
Como ministro, ele disse ser a favor de vacina gratuita, mas voluntária para todos. Por outro lado, indicou apoio à circulação restrita para os que optarem por não tomar a vacina, afirmando ter gostado da ideia de passaporte de imunização.